Dados do Ministério da Previdência Social revelam os miomas uterinos foram a terceira maior causa de afastamento de trabalhadoras em 2023, com mais de 40 mil mulheres afastadas de seus postos de trabalho. Segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), os miomas atingem quase 50% das mulheres em idade fértil no Brasil, destacando a necessidade urgente de aumentar a conscientização e informar sobre essa condição.
“Os miomas uterinos são tumores benignos que se desenvolvem no útero e afetam muitas mulheres em todo o mundo. Durante o mês da conscientização dos miomas, é fundamental divulgar informações sobre os sintomas, diagnóstico e opções de tratamento disponíveis”, explica o ginecologista Luís Otávio Manes.
A miomectomia, uma das principais opções de tratamento, é um procedimento cirúrgico que visa remover os miomas preservando o útero. “No mês da conscientização dos miomas, gostaríamos de destacar a importância da miomectomia no tratamento dessa condição”, enfatiza Manes. Esta cirurgia é especialmente relevante para mulheres que desejam manter sua fertilidade, já que permite a remoção dos miomas sem comprometer a capacidade de engravidar.
Existem diferentes abordagens para a miomectomia, incluindo a cirurgia abdominal tradicional, a laparoscopia e a histeroscopia. “O tipo de procedimento recomendado dependerá do tamanho, localização e número de miomas, além das necessidades individuais da paciente”, esclarece o ginecologista. Ao optar pela miomectomia, as mulheres podem experimentar uma redução significativa dos sintomas associados aos miomas, como sangramento intenso, dor pélvica e pressão sobre os órgãos adjacentes. Além disso, a cirurgia pode melhorar as chances de concepção e gestação saudável para aquelas que desejam engravidar.
“É importante ressaltar que a miomectomia é apenas uma das opções de tratamento disponíveis para os miomas uterinos”, acrescenta Manes. Outras alternativas incluem a embolização das artérias uterinas e a histerectomia, que é a remoção completa do útero. Cada caso deve ser avaliado individualmente por um ginecologista ou especialista em saúde da mulher para determinar o melhor curso de tratamento.