
Um estudo realizado por oito pesquisadores, publicado na revista norte americana Cancer, traz mais uma alternativa de tratamento para quem já sofreu com o câncer de mama. Segundo a publicação, intervenções psicossociais que promovem a redução do estresse e o fortalecimento emocional, como terapias e ioga, auxiliam na manutenção das células e freiam mutações.
Oitenta e oito pessoas participaram da pesquisa e foram analisadas ao longo de 12 semanas. Elas foram divididas em três grupos: dois de teste e um de controle, que serve como medidor dos resultados do estudo. O primeiro grupo passou por tratamentos de meditação e Hatha ioga e o segundo foi submetido a sessões de terapia para expressar emoções e desenvolver habilidades de superação. E o terceiro manteve os tratamentos habituais.
O grupo que praticou ioga e meditação sofreu intervenções psicológicas e físicas, diferentemente do segundo grupo, que contou apenas com estímulos psicossociais, sem prática de exercícios físicos. As células desses indivíduos foram estudadas e pesquisadores identificaram que os telômeros, componentes proteicos do DNA, tiveram seu comprimento intacto. Esse fenômeno surpreendeu os estudiosos, pois em tratamentos comuns para o câncer, essas proteínas do DNA das células passam por modificações e mutações, o que prejudica a saúde dos pacientes.
Apesar da pouca diferença estatística entre o primeiro e o segundo grupo, os resultados foram positivos, se comparados aos do terceiro grupo. Os pesquisadores não souberam comprovar se a preservação do telômero foi causada somente pela ioga ou apenas pela terapia, ou se ainda foi uma combinação das duas atividades. O fato é que tratamentos psicossociais como esses são eficazes na recuperação do câncer.