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Saúde

Manifestação pede liberação de novos remédios contra hepatite C

Arquivo Geral

05/12/2014 15h26

<p>Cerca de 50 pessoas se reuniram hoje (4) em frente ao prédio do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, para pressionar por rapidez na aprovação de três novos medicamentos usados no tratamento de hepatite C: sofosbuvir, simeprevir e daclatasvir.</p>

<p>Os remédios ainda estão sendo analisados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas deverão chegar ao Brasil por um preço inferior ao cobrado nos Estados Unidos e podem reduzir em até 60% por paciente o custo no tratamento da doença, segundo o presidente do Grupo Otimismo de Apoio ao Portador de Hepatite, Carlos Varaldo.</p>

<p>”Com essa diminuição no custo para cada pessoa cadastrada no SUS, vai ser possível que mais pessoas sejam tratadas pela rede pública com a mesma verba destinada hoje para esse fim. E isso sem falar dos benefícios no uso desses medicamentos, que têm efeitos colaterais muito menos agressivos e uma resposta mais concreta para a cura da hepatite C, chegando a 95% dos casos tratados”, afirmou Varaldo,</p>

<p>O Ministério da Saúde informou que a aprovação definitiva para o uso no Sistema Único de Saúde (SUS), no entanto, dependerá da avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) e da finalização do processo de registro pela Anvisa. Segundo o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Fábio Mesquita, a demora nesse processo é consequência da complexidade da legislação brasileira. “Ainda assim, solicitamos à Anvisa que dê prioridade ao registro desses medicamentos, porque se trata de um interesse estratégico para o SUS e para seus pacientes.”</p>

<p>De acordo com o grupo de apoio ao portador de hepatite, os remédios usados hoje causam problemas colaterais graves à saúde do paciente, que pode, muitas vezes, ser obrigado a suspender o tratamento por causa dos riscos. Foi o que aconteceu com o advogado Nilton Perillo, que tem a doença e já passou pelo tratamento atual. “Eu mesmo tive anemia aguda pelo uso de Ribavirina. Sei de pessoas que tiveram que abandonar o tratamento, por recomendação médica, por causa da agressividade desses remédios”, disse.</p>

<p>Até o fechamento da reportagem, a Anvisa não havia respondido à <strong>Agência Brasil </strong>sobre o assunto.</p>

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