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Saúde

Infectologista alerta para a importância da vacinação contra o sarampo

Doença anteriormente eliminada no Brasil foi reintroduzida e persiste devido à baixa cobertura vacinal. Carteira de vacinação precisa estar atualizada

Redação Jornal de Brasília

05/05/2022 19h27

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A baixa cobertura vacinal contra doenças virais que podem ser prevenidas com a vacinação, a exemplo do sarampo, tem causado preocupação entre especialistas. Quando a imunização está abaixo do recomendado – que é acima de 95% – aumentam as chances de manutenção da circulação do vírus. O sarampo é uma doença que pode levar a quadros graves de pneumonia em indivíduos imunodeprimidos e crianças, podendo, inclusive, ser fatal. Dados do Datasus apontam que em 2017 a cobertura vacinal contra o sarampo era de 86%. Já em 2021, esta taxa despencou para 71%. Diante deste fato, infectologistas alertam para a importância de reforçar a vacinação contra a doença, com o intuito de controlar essa enfermidade que já havia sido eliminada no país.

O sarampo é uma doença infecciosa aguda, muito contagiosa e que pode ser contraída por indivíduos de qualquer idade. Ela é transmitida por meio de secreções expelidas quando o doente tosse, espirra ou fala próximo de outras pessoas. De acordo com o Ministério da Saúde, a partir de um ano de vida, até os 30 anos, todos têm que ter duas doses da vacina tríplice viral, que imuniza para o sarampo e para a caxumba e a rubéola. Entre 30 e 60 anos, o órgão recomenda, pelo menos, uma dose.

Segundo a infectologista Maria Isabel de Moares Pinto, do Exame Medicina Diagnóstica/Dasa, as crianças pequenas e adultos jovens que não possuem as duas doses da vacina têm sido os principais grupos acometidos pela doença, em razão da baixa cobertura vacinal. “É muito importante que se reforce a imunização de todas as pessoas até 60 anos. No sistema privado, recomendamos duas doses até os 60 anos de idade”, esclarece a médica.

A infectologista reforça ainda que, quando o sarampo circula na população, fato que já tem ocorrido em vários estados do Brasil, existe a necessidade de vacinar, até mesmo, as crianças antes de um ano de vida. “Essa é uma dose que chamamos de dose zero, ou seja, espera-se que, eventualmente, a criança se proteja, já que o vírus está circulando e o sarampo pode ser especialmente grave nas crianças pequenas. Porém, não a consideramos como uma dose válida, já que algumas crianças podem responder e outras não. Então, além dessa dose antes dos 12 meses de vida, é preciso, ainda, de mais duas”, destaca a especialista.

Pessoas imunossuprimidas fazem parte do grupo de risco para o sarampo. A infectologista lembra que, na medida em que se atinge uma alta cobertura vacinal, as pessoas ficam indiretamente protegidas, pois o vírus não chega nesses indivíduos. “Vale destacar que a vacinação é importante para o indivíduo, mas também para a comunidade como um todo. É fundamental que todos estejam em dia com a vacinação do sarampo”, afirma a médica.

Vale lembrar que a vacina contra o sarampo não é indicada para gestantes, mas puérperas podem se imunizar. Quem já teve sarampo, não precisa da vacinação, porém, para se considerar protegido, é preciso ter certeza que, de fato, teve a doença.

A vacina tríplice viral protege contra o sarampo e também contra a caxumba e a rubéola. Ela também está disponível na rede privada. Por meio do site https://vacinas.com.br/ é possível ter acesso ao imunizante pelos laboratórios Dasa Centro-Oeste (Exame Medicina Diagnóstica – Distrito Federal, Atalaia Medicina Diagnóstica – Goiás e Cedic Cedilab Imagem e Laboratório – Mato Grosso). Para informações sobre a vacina pelo Laboratório Bioclínico, – Mato Grosso do Sul, basta acessar o site.

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