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Saúde

Janeiro Roxo: 20% dos casos de hanseníase no Brasil estão no Centro-Oeste, alerta SBD-DF

Cerca de 20% dos casos estão concentrados no Centro-Oeste. Doença tem cura e o tratamento é gratuito na rede pública

Redação Jornal de Brasília

24/01/2022 17h46

Janeiro Roxo: 20% dos casos de hanseníase no Brasil estão no Centro-Oeste, alerta SBD-DF

Foto: Reprodução

Começamos o ano com o Janeiro Roxo, campanha nacional cujo tema deste ano é “Precisamos falar sobre a Hanseníase”. O foco é orientar a população sobre o valor do diagnóstico e do tratamento precoce. Por causar incapacidade e deformidades físicas, a pessoa com a doença sofre preconceitos e, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia do Distrito Federal (SBD-DF) – umas das organizadoras da ação – muitos desconhecem que é possível a cura e que existe tratamento gratuito pelo Sistema Único de Saúde.

Manchas branca, marrom ou avermelhadas, caroços, feridas, ressecamento e hipersensibilidade são os principais indicativos de hanseníase.

“A doença endêmica afeta países em desenvolvimento como o Brasil. Mas felizmente dispomos de tratamento gratuito no SUS que leva à cura. Após a primeira dose de medicação, o paciente não transmite mais. Quanto mais precoce o diagnóstico e o início do tratamento, melhor o resultado para evitar sequelas”, afirma o membro da SBD-DF, Ciro Martins Gomes, especialista em hanseníase.

O dermatologista aponta que toda a população brasileira está exposta à doença, que é subnotificada, mas existente. São detectados, a cada ano, cerca de 30 mil casos novos, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). A transmissão é dada ao contato muito próximo e prolongado entre as pessoas. “Na grande maioria dos casos a pessoa mora com o contatante de hanseníase, mas é uma transmissão muito demorada, não é tão fácil como a transmissão de Covid-19”, reforça o especialista.

O Centro Oeste responde à segunda região com maior percentual de casos (20%), ficando atrás apenas do Nordeste (43%). Na sequência vem o Norte (19%, o Sudoste (15%) e o Sul (4%). Os dados são da SBD.

Campanha

Nesse sentido, a Sociedade Brasileira de Dermatologia Regional Distrito Federal (SBD-DF) reforça o tema da campanha Janeiro Roxo 2022 “Precisamos falar sobre hanseníase”. O Dia Mundial contra a Hanseníase e o Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase são comemorados em 30 de janeiro, último domingo do mês.

Paralelamente, dermatologistas de todo o país divulgarão informações para conscientizar a população. Ao longo do mês, também será lançado um Guia Ilustrado sobre a hanseníase, que terá como público alvo a população em geral e trará orientações sobre sinais, sintomas, diagnóstico e tratamento. Prédios e monumentos públicos também vão iluminar suas instalações de roxo, como adesão à iniciativa.

Para mais informações sobre o Janeiro Roxo, acesse: https://www.sbd.org.br/janeiro-roxo/

Sinais e Sintomas

  • Manchas (esbranquiçadas, amarronzadas e avermelhadas) na pele com mudanças na sensibilidade dolorosa, térmica e tátil.
  • Sensação de fisgada, choque, dormência e formigamento ao longo dos nervos dos membros
  • Perda de pelos em algumas áreas e redução da transpiração
  • Inchaço e dor nas mãos, pés e articulações
  • Dor e espessamento nos nervos periféricos
  • Redução da força muscular, sobretudo nas mãos e pés
  • Caroços no corpo
  • Pele seca
  • Olhos ressecados
  • Feridas, sangramento e ressecamento no nariz
  • Febre e mal-estar geral

Onde se tratar

Se apresentar um ou mais desses sinais e sintomas, procure ajuda médica. O posto de saúde mais próximo de sua casa ou uma equipe de saúde da família podem lhe ajudar. Neles, é possível fazer exames e receber orientações de como se tratar!

Parentes e amigos

Em caso de diagnóstico confirmado para hanseníase, oriente as pessoas com as quais mantém contato próximo e regular (familiares, amigos, colegas de trabalho) a também irem ao médico para serem examinadas.

Siga o tratamento

Quem tem diagnóstico para hanseníase deve começar a tomar os medicamentos prescritos de imediato. Ao fazer isso, o paciente deixa de ser transmissor da doença. E atenção: é importante não abandonar o tratamento ou deixar de tomar os remédios.

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