O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que este ano sejam diagnosticados mais de 9 mil novos casos de câncer do Sistema Nervoso Central (SNC). Deste total, acredita-se que serão 4.960 casos em homens e 4.130 em mulheres. No mundo, o câncer do SNC representa 1,9% de todas as neoplasias malignas.
Com maior incidência em idosos, este tipo de câncer apresenta apenas uma causa definida: a exposição à radiação ionizante, ou seja, causada pelo Rádio X em grandes quantidades. O neurocirurgião Mauro Takao Suzuki, explica que os tumores cerebrais malignos mais comuns são os gliomas e as metástases cerebrais.
“O nódulo cancerígeno pode ser primário, ou seja, se desenvolver no próprio cérebro ou ser secundário, quando é originário de um câncer desenvolvido em outra parte do organismo. A célula cancerígena pode atingir, pela corrente sanguínea, o cérebro e desenvolver uma metástase.”
Os sintomas dos tumores variam de acordo com o tamanho e a localização, não sendo diferenciados pela malignidade ou benignidade. “Dor de cabeça, aumento da pressão dentro do crânio, convulsões e déficit, ou seja, alterações de sensibilidade e da visão, além de queda da força, são sinais de um possível nódulo. O local em que esse tumor se encontra pode comprometer determinadas funções do corpo, por comprimir o tecido cerebral”, detalha Dr. Mauro, do Hospital Santa Luzia, em Brasília.
Por não existirem métodos de rastreio e prevenção da doença, para garantir o tratamento adequado, o neurocirurgião destaca a importância do diagnóstico precoce. “Os sintomas devem ser avaliados por um especialista capacitado a analisar os sinais e fazer os exames devidos, como a tomografia e a ressonância magnética de crânio. Esses são os principais testes radiológicos para o diagnóstico dos nódulos”, alerta.
O tratamento, na maioria das vezes, é feito por meio de um procedimento cirúrgico, para a retirada do tumor, e sessões quimioterápicas e radioterápicas. “A cirurgia é realizada para retirar uma amostra para a biópsia e, quando possível, a eliminação total do tumor. Vale lembrar que os casos devem ser avaliados individualmente, de acordo com o tamanho, a localização e a vascularização do nódulo. O mais importante é realizar o procedimento sem comprometer ou lesar o tecido cerebral”, finaliza o neurocirurgião.