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Saúde

Dia do Portador de Marcapasso: especialista elenca 5 dicas de cuidados para usuários do dispositivo 

A data, celebrada em 23 de setembro, serve para desmistificar questões entre os mais de 300 mil usuários da tecnologia no Brasil

Redação Jornal de Brasília

19/09/2022 9h55

Foto: Divulgação

Celebrada em 23 de setembro, a campanha criada para comemorar o Dia do Portador de Marcapasso é uma iniciativa da ABEC/DECA – Associação Brasileira de Arritmia, Eletrofisiologia e Estimulação Cardíaca Artificial/Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV), com o intuito de mobilizar cardiologistas em todo o país para desmistificar muitas questões sobre o assunto.

Atualmente, no Brasil, mais de 300 mil pessoas utilizam marcapassos e aproximadamente 49 mil realizam o implante deste tipo de dispositivo todo o ano, como mostram dados do Censo Mundial de Marcapassos e Desfibriladores. 

Segundo o cardiologista e especialista em eletrofisiologia do Instituto do Coração de Taguatinga (ICTCor), Renato David da Silva, o marcapasso monitora o coração continuamente e identifica batimentos irregulares, lentos ou interrompidos, enviando um estímulo elétrico ao coração e regularizando os batimentos. 

“Algumas pessoas sofrem com o ritmo cardíaco irregular ou lento, seja devido a uma doença congênita, efeitos colaterais de medicamento ou envelhecimento natural. Assim, o coração não consegue mais bombear suficientemente o sangue rico em oxigênio para o corpo, podendo gerar diversas complicações de saúde. Uma alternativa para esse problema é o implante de um marcapasso”, explica o especialista.

Esse pequeno dispositivo eletrônico serve para controlar o ritmo cardíaco. Ele possui um gerador, uma bateria interna e cabos eletrodos. Estes cabos são conectados ao coração e ligados ao marcapasso depois que o médico se certifica de que estão posicionados corretamente. O aparelho é implantado em uma espécie de “bolsa” sob a pele durante uma cirurgia considerada simples, feita com sedativo e anestesia local. É um procedimento tranquilo, que dura de uma a duas horas. Geralmente, o paciente pode ir para casa no dia seguinte e retomar as atividades habituais depois de 30 dias.

Para ajudar em um entendimento mais claro sobre o uso do dispositivo eletrônico implantável, além do ebook gratuito desenvolvido por especialistas do ICTCor e disponível no site da Instituição (ictcor.com.br/wp-content/uploads/2022/09/cartilha-2022.pdf), o cardiologista  citou 5 dicas de cuidados.

1) Telefones celulares podem ser utilizados, mas têm que ser mantidos a pelo menos 15 cm de distância do local do implante, sendo usados no ouvido que fica do lado oposto do marcapasso. Para evitar interferências, também é recomendado que o paciente mantenha uma distância de dois metros de eletrodomésticos que estejam em funcionamento.

2) Sistemas detectores de metais, como de aeroportos e portas giratórias de bancos, devem ser evitados. É importante andar sempre com o documento de identificação que atesta ser portador do marcapasso. Nos sistemas antifurto de lojas, recomenda-se simplesmente passar, evitando ficar parado entre as placas.

3) É importante sempre consultar seu médico sobre ressonâncias magnéticas, pois, a maioria dos modelos de marcapasso têm restrições quanto ao exame, principalmente os mais antigos. O mesmo vale para procedimentos como radioterapia, litotripsia e eletroacupuntura, que devem seguir recomendações médicas específicas.

4) Atividades sexuais, exercícios físicos e condução de veículos são permitidos, exceto se o portador possua outra patologia cardíaca limitante, pois o marcapasso, por si só, não o impede de nada disso. Na dúvida, é sempre bom consultar o médico.

5) Dentro do possível, é bom evitar dormir do lado do marcapasso implantado, principalmente durante os primeiros 10 dias.

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