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Saúde

Cuidados com a moleira do bebê são realmente necessários

Arquivo Geral

08/10/2014 9h54

Você  já  deve  ter  ouvido  falar  que  o  crânio  dos  bebês  não  nasce  completamente colado. Ao longo do desenvolvimento do recém-nascido, as regiões moles da cabeça, conhecidas  popularmente  como moleira,  se  fundem e ajudam a  fechar  totalmente  o crânio. Quando este processo ocorre de forma prematura ou incorreta, gera alterações na cabeça e na face do bebê, chamadas de estenose craniofacial.

O  otorrinolaringologista,  especializado  em  cirurgia  craniomaxilofacial,  Dr.  Bruno Loredo,  do  Hospital  Santa  Luzia,  em  Brasília,  explica  que  esta  doença  causa  uma alteração  no  desenvolvimento  do  crânio,  podendo  levar  a  uma  série  de  problemas. “Essa  deformação  gera  várias  consequências,  como  falha  de  crescimento  do  crânio, que comprime o cérebro, e a má formação óssea, levando a anormalidades no formato do crânio.”

O especialista esclarece que esta patologia pode estar relacionada a doenças genéticas ou  síndromes,  como  síndrome  de  Crouson  ou  síndrome  de  Apert.  Contudo,  há duas  causas  comprovadas:  a  determinação  genética  e  o  uso  de  medicamentos  sem orientação  médica  durante  a  gravidez.  “Por  isso,  é  importante  que  a  população  se conscientize de que a automedicação é muito perigosa. Além disso, as grávidas devem fazer pré-natal e informar ao médico todos os remédios que tomam”, alerta Dr. Bruno.

A  estenose  craniofacial  pode  apresentar  diferentes  deformidades,  como  crânio alongado,  achatado  ou  triangular,  e  quando  associadas  a  síndromes  as  principais malformações  são:  olhos  mais  afastados  um  do  outro,  com  aparência  de  serem saltados  para  fora,  desenvolvimento  incorreto  da maxila  e  da mandíbula  e  a  cabeça pode  ficar  mais  alongada  do  que  o  normal.  “Na  maioria  dos  casos  sindrômicos,  o paciente consegue se desenvolver sem comprometimento intelectual, principalmente, quando acompanhado por uma equipe multidisciplinar, composta por fonoaudiólogos, fisioterapeutas, médicos e psicólogos”, detalha o otorrinolaringologista.

O  tratamento  da  doença  envolve  várias  especialidades  médicas,  para  que  a reabilitação  seja  completa.  “A  intervenção cirúrgica  é  o  melhor  tratamento  para separar  os  ossos  fundidos e  reestabelecer  o  posicionamento. O momento  ideal para a cirurgia varia de acordo com as condições da criança. Em alguns casos, é  realizado mais  de  um  procedimento.  O pós-operatório  é  acompanhado  por  equipe  médica, fisioterapeutas,  fonoaudiólogos e outros especialistas”, conclui o cirurgião.

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