Representantes do Ministério da Saúde de Angola realizaram, nessa quarta-feira (16), uma visita técnica a unidades da rede pública do Distrito Federal. A ação integra uma cooperação internacional entre os governos de Angola e do Brasil, com foco na formação e qualificação de trabalhadores da saúde angolanos em diversas áreas de atuação.
O grupo conheceu de perto o funcionamento da Atenção Primária à Saúde (APS) em Brasília, passando pela Unidade Básica de Saúde (UBS) 5 de Taguatinga, UBS 17 de Ceilândia, pelo Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (Capsi) de Taguatinga e pelo Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD) de Ceilândia. O objetivo da visita foi compreender como a organização dos serviços públicos de saúde brasileiros integra cuidados básicos, bem-estar mental e formação profissional.
“Apresentamos a estrutura das UBSs, os serviços ofertados, como vacinação e grupos terapêuticos, além do trabalho das equipes multiprofissionais. A ideia é demonstrar como a APS coordena cuidados e educação, já que essas unidades também recebem residentes”, explicou a médica sanitarista da Coordenação da Atenção Primária à Saúde da SES-DF, Gabriela Villar.
Cooperação fortalece assistência em Angola
O intercâmbio é parte do termo de cooperação firmado entre Brasil e Angola, mediado pelo Ministério das Relações Exteriores, por meio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), e com participação do Ministério da Saúde brasileiro e da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). A meta do governo angolano é formar 38 mil profissionais da saúde nos próximos anos.
Atualmente, cerca de mil trabalhadores angolanos estão em formação no exterior, sendo mais de 400 no Brasil, em unidades de saúde de diferentes estados. “Essa cooperação permite que Angola amplie a capacidade de assistência à população, com formação de profissionais em áreas médicas, de enfermagem, diagnóstico e gestão. O Brasil tem sido nosso parceiro principal nesse processo”, destacou Mateus Guilherme Miguel, diretor-geral do Instituto de Especialização em Saúde (IES) de Angola.
A assessora da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) do Ministério da Saúde, Lívia Melo, informou que o acordo entre os países segue até 2027, com previsão de ampliação do número de vagas. “A ideia é expandir oportunidades para os angolanos em programas como residência, mestrado, doutorado e estágios”, afirmou.
Com informações da SES-DF