O cérebro é o grande centro de comando do corpo. Ele responde pelos estímulos e controles de funções vitais como pensar, enxergar, se alimentar, dentre outras. Sem considerar os cânceres de pele, os tumores cerebrais ocupam, de acordo com o INCA, a décima posição entre os tipos mais comuns da doença no Brasil. Atualmente, o país registra cerca de 11 mil novos casos todos os anos e afeta 4% da população brasileira.
De acordo com a oncologista da Oncoclínicas Brasília, Raquel Pio, o câncer de cérebro é o tumor que acomete o cérebro e a medula espinhal, podendo ser benigno ou maligno. “São tumores raros, de baixa incidência na população geral. Em contrapartida, os tumores malignos, embora raros, tem alta mortalidade. O tumor pode ter sua origem no cérebro, ou seja, um tumor primário de cerébro (por exemplo, um meningioma) ou então de origem em outro órgão, como mama ou pulmão, que se alastrou para o cérebro, sendo uma metástase.
Quais os fatores de risco para o câncer de cérebro?
- As causas são multifatoriais, algumas adquiridas durante a vida e outras hereditárias como, por exemplo, a neurofibromatose. Outros fatores que aumentam o risco são:
- Exposição à radiação, como no caso de profissionais que trabalham com raio-x;
- Pacientes que se submetem à radioterapia ou exames excessivos com radiação, como a tomografia;
- Fatores ocupacionais como: exposição a arsênico
- Trabalhar em empresa petroquímica, indústria de borracha, plástico, entre outras;
- Agricultura devido à exposição a agrotóxicos.
Sintomas da doença
O principal sintoma é a dor de cabeça refratária e com uma evolução incomum, aquela que não passa com analgésicos, que aparece diariamente, ou que vem associada a vômitos ou náuseas, além ainda de poder ter alterações visuais ou auditivas. “Qualquer sintoma relacionado a funções motoras como, por exemplo, alterações no andar, fala ou cognitivas como alterações de comportamento também podem estar relacionados com a doença. Outro sintoma, menos freqüente, mas muito importante, é a crise convulsiva inédita. Aquele paciente que não tem diagnóstico de epilepsia e apresenta uma crise convulsiva repentina, deve imediatamente procurar um médico”, afirma a oncologista da Oncoclínicas Brasília.
Tratamento
O câncer do cérebro tem um tratamento complexo que varia de acordo com o local e o estágio da doença. De acordo com o diagnóstico inicial, a equipe define a conduta. Geralmente a base do tratamento é a ressecção cirúrgica, podendo ou não ser utilizado radioterapia e/ou quimioterapia após a cirurgia.
