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Saúde

Avanços na cirurgia cardíaca aumentam expectativa de vida

Arquivo Geral

06/01/2015 14h58

A medicina vem aperfeiçoando as técnicas e os métodos cirúrgicos, para garantir aos pacientes mais eficiência e melhores resultados em médio e longo prazo. A cirurgia cardíaca mini-invasiva é um exemplo destes avanços, por ser menos agressiva ao corpo.

O cirurgião cardíaco Ricardo Corso, do Hospital do Coração do Brasil, em Brasília, explica que por ter incisões menores, este tipo de procedimento proporciona mais rapidez na recuperação dos pacientes. “As cirurgias cardiovasculares mini-invasivas ou por mini-incisão garantem um tempo de internação hospitalar menor, um retorno às atividades mais rápido, cicatrizes reduzidas, menos sangramento, além de menos riscos de complicações e infecções cirúrgicas.”

Dr. Ricardo acrescenta que estas técnicas contribuem, ainda, para o aumento da expectativa de vida de muitos pacientes. “Algumas pessoas consideradas inoperáveis pelos métodos tradicionais, por serem portadores de muitas doenças não cardíacas associadas, idade muito avançada, dentre outros problemas, muitas vezes, podem ser submetidas a procedimentos mini-invasivos”, esclarece.

O médico ressalta que além deste recurso, o uso da videocirurgia é, também, uma das grandes evoluções em cirurgia cardiovascular, nos últimos anos, pois melhora a condição visual do médico para a realização de diferentes procedimentos e facilita o acesso ao local operado. “A grande diferença da videocirurgia, realizada por meio da introdução de uma micro-câmera no paciente, é que ela permite ao cirurgião acesso direto à região operada de forma menos agressiva. Enquanto os métodos tradicionais precisam de incisões maiores, os videoendoscópios podem ser utilizados em outras regiões do corpo”, detalha o especialista. 

Outra importante evolução das operações cardiovasculares na última década foi a incorporação dos tratamentos transcatéteres, que são a troca de válvulas cardíacas e a correção de aneurismas de grandes artérias por meio de cateteres. “A possibilidade dos tratamentos com cateteres, através dos vasos sanguíneos, associados a procedimentos convencionais menos invasivos, deu origem ao que chamamos de cirurgias híbridas, ou seja, que possibilitam aproveitar as vantagens das duas opções cirúrgicas mini-invasivas existentes”, comenta Dr. Ricardo. 

Como todo avanço, as novas técnicas de cirurgia mini-invasiva e de videocirurgia requerem um equipe especializada. “Todos os profissionais envolvidos devem estar habilitados e treinados com essas novas metodologias e com o manuseio dos equipamentos para que haja sucesso desejado com estes novos procedimentos. Outro quesito muito importante é a infraestrutura do hospital, porque esses procedimentos necessitam de um local apropriado e de equipamentos específicos”, conclui o cirurgião cardíaco.

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