SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)
O Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta sexta-feira (9), mostra um aumento de hospitalizações de idosos por síndrome respiratória aguda (Srag) causada pelo vírus da Covid. Amazonas, Goiás, Mato Grosso do Sul e São Paulo foram os mais afetados por esse aumento.
O boletim ainda mostra que, em alguns estados do Nordeste, como Ceará, Pernambuco e Piauí, apesar de não haver aumento de internações entre os idosos, a maior parte dos casos de internações registrados nas últimas semanas foi causada pela Covid.
No cenário mundial, a OMS (Organização Mundial da Saúde) alertou que a porcentagem de casos positivos para a Covid tem aumentado em 84 países nas últimas semanas. Segundo Tatiana Portella, pesquisadora do Programa de Computação Cientifica da Fiocruz (Procc) e do Boletim InfoGripe, “a região com maior atividade do vírus é a Europa, seguida pelas Américas”.
Em crianças pequenas, o vírus sincicial respiratório (VSR) se mantém como a principal causa de internação e óbitos, apesar de registrar queda nas últimas semanas. Outro vírus respiratório com destaque para a incidência de SRAG em crianças e adolescentes até 14 anos é o rinovírus.
O VSR é o principal agente causador de bronquiolite em bebês, uma doença respiratória comum e altamente contagiosa cujos sintomas principais são tosse e falta de ar. Em geral, os casos são leves, mas podem resultar em internações hospitalares.
No cenário nacional, segundo o boletim, a longo prazo (últimas seis semanas) e a curto prazo (últimas três semanas) a tendência é de queda das internações por Srag. Na atualização, três das 27 unidades federativas apresentam crescimento de Srag na tendência de longo prazo: Bahia, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
Em 2024, foram notificados 108.657 casos de Srag, 53.065 (48,8%) eram positivos, 42.247 (38,9%) negativos e 7.348 (6,8%) aguardam resultado laboratorial. Nas últimas quatro semanas epidemiológicas a prevalência entre os casos positivos foi de Influenza A (20,4%), Influenza B (1,3%), VSR (30,3%) e Sars-CoV-2 (14,3%). Em relação aos óbitos por Srag, a prevalência é: Influenza A (38%), Covid-19 (31,2%), VSR (10%) e Influenza B (1,2%).