Menu
Saúde

Anvisa define composição das vacinas contra a gripe para 2026

A mudança da composição de cepas é fundamental para a eficácia da vacina, já que o vírus se adapta e sofre mutaçõe

Redação Jornal de Brasília

03/12/2025 22h53

Foto: Reprodução

Foto: Reprodução

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) definiu quais cepas (tipos de vírus) deverão compor as vacinas contra influenza, o vírus da gripe, que serão utilizadas no Brasil em 2026.


A mudança da composição de cepas é fundamental para a eficácia da vacina, já que o vírus se adapta e sofre mutações. A OMS (Organização Mundial da Saúde) analisa regularmente todos os subtipos do vírus da gripe que circulam com maior frequência, para melhorar a eficácia da imunização.


Todos os anos a Anvisa, em conformidade com a OMS, publica a composição das vacinas contra influenza que serão utilizadas no ano seguinte. A composição para 2026 foi publicada na Instrução Normativa 408/2025.


Vacinas para o hemisfério sul (temporada 2026)


As vacinas destinadas ao hemisfério sul e usadas no Brasil a partir de 1º de fevereiro de 2026 deverão conter, obrigatoriamente:


o Vacinas trivalentes: cepas similares a A/Missouri/11/2025 (H1N1)pdm09, A/Singapore/GP20238/2024 (H3N2) e B/Austria/1359417/2021 (linhagem Victoria).


o Vacinas quadrivalentes: além dessas três, a adição de cepa similar a B/Phuket/3073/2013 (linhagem Yamagata).


o Vacinas não baseadas em ovos: cepas equivalentes a A/Missouri/11/2025 (H1N1)pdm09, A/Sydney/1359/2024 (H3N2) e B/Austria/1359417/2021 (linhagem Victoria).


Os rótulos dos imunizantes deverão indicar: “CEPAS 2026 HEMISFÉRIO SUL”.


Vacinas para o hemisfério norte (temporada 2025-2026)


As vacinas com cepas recomendadas para o hemisfério norte são destinadas exclusivamente a campanhas do Ministério da Saúde para regiões específicas do país. Elas deverão conter:

  • Vacinas trivalentes: cepas similares a A/Victoria/4897/2022 (H1N1)pdm09, A/Croatia/10136RV/2023 (H3N2) e B/Austria/1359417/2021 (linhagem Victoria).
  • Vacinas quadrivalentes: adição de cepa semelhante a B/Phuket/3073/2013 (linhagem Yamagata).
  • Vacinas não baseadas em ovos: cepas equivalentes a A/Wisconsin/67/2022 (H1N1)pdm09, A/District of Columbia/27/2023 (H3N2) e B/Phuket/3073/2013 (linhagem Yamagata).
    Nesses casos, os rótulos deverão conter a expressão: “CEPAS 2025-2026 HEMISFÉRIO NORTE”.
    VACINA TETRAVALENTES
    A Anvisa alerta que a recomendação da OMS também prevê a descontinuação do uso das versões tetravalentes da vacina influenza sazonal a partir de 2027. Segundo a agência, a decisão está relacionada à ausência de registros confirmados da circulação natural da cepa B/Yamagata -exclusiva dos imunizantes quadrivalentes- desde 2020.
    A organização, contudo, ressalta que poderá ser necessário um período de transição até a retirada definitiva desses imunizantes, conforme avaliação regulatória e capacidade operacional de cada país.
    No caso do Brasil, após analisar a disponibilidade atual de vacinas influenza sazonais trivalentes e tetravalentes registradas no mercado, a Anvisa considerou necessário manter a oferta das versões tetravalentes ao longo de 2026. A retirada imediata poderia comprometer a cobertura vacinal em âmbito nacional, tanto na rede pública quanto na privada, já que os mercados não estão igualmente abastecidos das duas versões.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado