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Política & Poder

Zema solta rojão para ironizar PT, é cobrado sobre lei e fala em edição de vídeo

Na filmagem, em tom irônico, o governador diz que fica “muito triste com a notícia” de que o PT perdeu processo contra ele

Redação Jornal de Brasília

30/11/2025 16h50

zema

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

ARTUR BÚRIGO
BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS)

O governador Romeu Zema (Novo) publicou vídeo no último sábado (29) em que aparece estourando fogos de artifício em sua residência em Belo Horizonte para comemorar a derrota do PT em um processo judicial contra ele.

Uma lei municipal de 2022, porém, proíbe a queima de fogos de artifício e estampido na capital mineira, assim como de outros artefatos pirotécnicos de efeito sonoro ruidoso.

Procurado, o Governo de Minas encaminhou comentário do governador na postagem em que ele afirma que o ruído dos fogos teria sido adicionado na edição do vídeo.

Na filmagem, em tom irônico, o governador diz que fica “muito triste com a notícia” de que o PT perdeu processo contra ele e então acende fogos de artifício.

A lei municipal, regulamentada em 2023, prevê multa de R$ 100 a quem que descumprir a norma, e o valor pode aumentar em caso de reincidência. A Prefeitura de BH foi questionada sobre se houve sanção ao governador, mas não respondeu.

A ação judicial do partido do presidente Lula queria que Zema apagasse publicações em suas redes em que ele afirma que o PT “roubou dinheiro dos aposentados”, em alusão às investigações sobre os descontos não autorizados no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

A juíza da 13ª Vara Cível de Brasília Vanessa Maria Trevisan negou a solicitação do PT e afirmou que as críticas foram uma manifestação da opinião do governador.

Disse também que “em situações de relevante interesse público” a proteção da liberdade de expressão deve ser a regra, desde que limites não sejam extrapolados.

Pré-candidato às eleições presidenciais do próximo ano, Zema aumentou o tom contra o PT e o presidente Lula nos últimos meses na tentativa de reforçar a imagem de um antagonista ao presidente.

Além das investigações no INSS, também costumam ser alvo frequente das críticas do governador a política de segurança do governo federal e a gestão do seu antecessor no governo do estado, Fernando Pimentel (PT).

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