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Política & Poder

Vídeo: Bolsonaro brinca após 4 mil mortes: “Agora eu sou genocida”

Presidente, mais uma vez, criticou isolamento. Uma apoiadora perguntou sobre as 4 mil mortes, e Bolsonaro ignorou e continuou a falar das medidas restritivas

Redação Jornal de Brasília

07/04/2021 7h34

Foto: Evaristo Sá/ AFP

Daniel Carvalho
Brasília-DF

Ao interagir com seus apoiadores na entrada do Palácio da Alvorada na noite desta terça-feira (6), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ignorou as mais de 4.000 mortes por Covid-19 das últimas 24 horas, ironizou o título de genocida usado contra ele por seus opositores e criticou medidas restritivas adotadas por prefeitos e governadores.

O vídeo de pouco mais de 13 minutos foi compartilhado por um canal de internet simpático ao presidente mostra a interação;

https://www.youtube.com/watch?v=3K7qQ4ffxUQ&feature=emb_title

Bolsonaro criticava medidas de restrição de circulação, listando como consequências de “ficar em casa” depressão, ganho de peso e hipertensão. “Tudo vai ser agravado”, disse o presidente.

Pouco depois, uma apoiadora citou as 4.211 mortes registradas pelo consórcio de imprensa nas últimas 24 horas. “Hoje, mais de 4.000 morreram aqui no Brasil. Você viu isso?”, pergunta a mulher, que não é identificada nas imagens. Bolsonaro não reagiu e continuou falando sobre medidas restritivas. “Você vê: o povo perdendo emprego, nenhum sindicato fala nada contra isso daí.”

A mulher insistiu. “Hoje foram mais de 4.000”. Bolsonaro seguiu ignorando. “Você pode ver, até um ano e pouco atrás, um policial batia num bandido. Toda a esquerda ia contra. Agora, está o cidadão de bem…”, disse Bolsonaro, sem concluir a frase.

O presidente da República também ironizou a alcunha de genocida que seus críticos costumam usar diante da escalada de mortes no país. “O pessoal entrou naquela pilha de homofóbico, racista, fascista, torturador… agora… Agora é o quê? Agora eu sou… que mata muita gente, como é que é o nome? Genocida. Agora eu sou genocida”, disse sorrindo. “Do que que eu não sou culpado aqui no Brasil?”, indagou o presidente em outro momento da conversa.

Bolsonaro também fez críticas à imprensa. “Eu resolvo o problema do vírus em poucos minutos. É só pagar o que os governos pagavam no passado para Globo, para Folha, Estado de S. Paulo. Agora, este dinheiro não é para a imprensa, é para outras coisas”, afirmou.

As pessoas que conversavam com Bolsonaro também disseram que apoiariam a reeleição do presidente. “Se vocês soubessem como é barra ser presidente”, disse Bolsonaro, ressaltando, porém que “vamos desistir não”.

As informações são da Folhapress

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