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Política & Poder

TSE fará monitoramento diário das redes de Carlos Bolsonaro e André Janones

Carlos e Janones vão ter as contas suspensas se os relatórios do tribunal indicarem “produção sistemática de desinformação”

FolhaPress

24/10/2022 14h44

Foto: AFP

MATEUS VARGAS
BRASÍLIA, DF

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) vai monitorar até a véspera do segundo turno as redes sociais do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e do deputado federal André Janones (Avante-MG).

Corregedor-geral da Justiça Eleitoral, Benedito Gonçalves determinou nesta segunda-feira (24) que a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE deve apresentar relatórios diários para detectar conteúdos que já foram avaliados como irregulares pelo tribunal.

Na mesma decisão, o corregedor negou pedidos para suspender as contas de Carlos e Janones, que são articuladores das campanhas do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silv (PT) nas redes sociais.

Gonçalves afirmou que Carlos e Janones vão ter as contas suspensas se os relatórios do tribunal indicarem “produção sistemática de desinformação”.

Essa punição consta em resolução aprovada na semana passada pelo TSE para endurecer o combate às fake news.

Gonçalves afirmou na decisão que as campanhas de Lula e Bolsonaro pedem a suspensão da conta do adversário.

“Assim, demonstra-se que, ao menos em tese, a premissa adotada pelas partes é que a intervenção judicial nas redes sociais nem sempre caracteriza censura”, escreveu o corregedor.

O TSE já determinou a remoção de conteúdos de Carlos e Janones considerados irregulares. Gonçalves apontou que, mesmo após as decisões, ambos encontram formas de manter os temas vetados em alta.
Eles “resistem em abandonar termos-chave associados a notícias falsas ou gravemente descontextualizadas”, segundo Gonçalves.

“Desse modo, sem que seja preciso reproduzir na íntegra um conteúdo já objeto de ordem de remoção, são capazes de ativar a mensagem associada aos termos. E o fazem de forma ágil, o que contribui para a chamada desordem informacional”, disse o corregedor.

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