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Política & Poder

Sombra, um dos principais personagens do caso Celso Daniel, morre em SP

Agência Estado

27/09/2016 19h14

Atualizada

Morreu em São Paulo nesta terça-feira, 27, o empresário Sérgio Gomes, emblemático personagem do assassinato do prefeito de Santo André Celso Daniel (PT), em janeiro de 2002 – o Ministério Público do Estado o acusava de ser o mandante do crime.<p><p>Conhecido como Sombra, ele lutava contra um câncer há alguns anos. Seu advogado, o criminalista Roberto Podval, confirmou a informação sobre a morte de Sombra. Ele estava internado no Hospital Monte Magno, na Vila Formosa, zona leste da Capital.<p><p>Sombra nunca admitiu envolvimento na morte brutal do prefeito, de quem era amigo e foi assessor.<p><p>Em novembro de 2015, Sombra foi condenado a 15 anos, seis meses e 19 dias de reclusão, em regime fechado, acusado de liderar esquema de cobrança de propinas de empresas de transporte contratadas pela Prefeitura na gestão do petista.<p><p>Sombra nunca foi levado a júri popular pela morte de Celso Daniel. O Supremo Tribunal Federal anulou a ação contra ele porque o juiz do caso, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, não permitiu que as defesas dos outros acusados fizessem perguntas na fase dos interrogatórios.<p><p>Sombra ficou sete meses preso em caráter preventivo – no processo sobre a morte de Celso Daniel -, até que o Supremo lhe devolveu a liberdade.<p><p>Outros seis acusados do crime foram condenados pelo júri popular de Itapecerica da Serra. Eles confessaram o assassinato do petista. Paralelamente às investigações sobre a execução de Celso Daniel, o Ministério Público promoveu uma devassa na administração do petista.<p><p>Surgiram as primeiras revelações sobre o esquema de corrupção instalado em secretarias municipais de Santo André.<p><p>A Promotoria afirma que Sombra planejou o assassinato quando Celso Daniel decidiu dar um fim na rede de propinas – o petista teria tomado essa iniciativa ao ser informado que recursos desviados dos cofres públicos eram destinados ao caixa do PT.<p><p>Um irmão de Celso Daniel, o oftalmologista João Francisco Daniel, apontou o suposto envolvimento do ex-ministro José Dirceu na arrecadação de valores ilícitos para abastecer o partido – então presidido pelo próprio Dirceu.<p><p>O advogado Roberto Podval disse que esteve com Sombra há cerca de trinta dias. "O Sérgio estava feliz, apesar da doença, porque o Supremo anulou a ação contra ele. Uma coisa que o afligia muito era essa acusação de ter sido o mandante da morte do Celso Daniel. Ele nunca admitiu isso porque, de fato, não teve envolvimento no crime. Lembro-me bem daquela frase dele. ‘Podval, vou morrer inocente’. Ele estava feliz." <br /><br /><b>Fonte: </b>Estadao Conteudo

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