Menu
Política & Poder

Sindicato de motoboys de SP quer propor motociata pró-Lula

No fim de julho, a diretoria do SindimotoSP se reuniu com Alckmin. O candidato à vice na chapa sinalizou que não há necessidade de criar leis

FolhaPress

11/08/2022 14h55

Foto: Sérgio Lima

Paula Soprana
São Paulo, SP

Após encontros com a campanha do PT, o Sindimoto-SP (Sindicato dos Motoboys de São Paulo) cogita fazer uma motociata pró-Lula “em um momento oportuno da eleição”, segundo o presidente Gilberto Almeida dos Santos.

“Tive a ideia de organizar um grande evento de moto, porque os feitos por Bolsonaro são sempre com empresários. Nós faremos com motoboys”, afirmou o presidente, também conhecido como Gil.

Ele não apresentou a ideia formalmente ao PT. Diz que tem ressalvas sobre incluir Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Akckmin (PSB) no evento devido à segurança dos dois.

O tema não foi discutido no partido. O ex-presidente sempre criticou a postura do rival Jair Bolsonaro (PL) por promover motociatas com dinheiro público e em momentos críticos da pandemia de Covid-19.

Em evento em abril, ao lado de Geraldo Alckmin, Lula acenou aos trabalhadores de aplicativos ao levantar uma bandeira do Sindimoto-SP.

Depois, dois motoboys ligados ao sindicato foram convidados pela campanha para a propaganda do PT “Que Brasil você quer?”, que exibe imagens de dois Brasis, um associado ao governo de Bolsonaro e um almejado por Lula.

“Tentaram encontrar solução vendendo a ideia de que os companheiros que trabalham com aplicativo são pequenos empreendedores, porque é uma palavra bonita, todo mundo quer ser”, disse Lula, em discurso, no qual também afirmou que era inviável ser empreendedor “sem dinheiro para cuidar da família” e sem direitos como licença e descanso.

No fim de julho, a diretoria do SindimotoSP se reuniu com Alckmin. Na ocasião, o candidato à vice na chapa de Lula sinalizou que, na sua avaliação, não há necessidade de criar novas leis para atender a categoria, mas que é preciso proteger as leis trabalhistas.

O PT conta com o apoio do sindicalismo para a eleição. Uma das propostas da legenda é discutir uma reconfiguração do papel dos sindicatos nas relações trabalhistas e a volta da obrigação da participação dessas entidades nas negociações com empresas, alteração da reforma trabalhista aprovada no governo de Michel Temer (MDB), em 2017.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado