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Política & Poder

Senado aprova convite para ouvir Campos Neto e governo faz coro por corte de juros

O senador Randolfe Rodrigues afirmou que o “Brasil está estupefato” de o Copom ter mantido a taxa de juros pela 7ª reunião seguida

Redação Jornal de Brasília

28/06/2023 8h02

Foto: Pedro França/Agência Senado

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou requerimentos feitos pelos senadores Randolfe Rodrigues, Ciro Nogueira, Rogerio Marinho e Plínio Valério para que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, seja convidado novamente à comissão para prestar esclarecimentos sobre a política monetária e a definição da taxa básica de juros, a Selic. 

Campos Neto esteve na CAE em 25 de abril deste ano, quando defendeu a autonomia da entidade monetária, tratou de questões referentes ao regime de metas; processo de autonomia; inflação no mundo e no Brasil;atividade econômica; política fiscal; taxas de juros, mercado de capitais; e “agenda inclusiva”. Os senadores ouviram o gestor sobre o que é necessário para reduzir a taxa básica de juros (Selic), que desde agosto de 2022 tem se mantido em 13,75%.

Líder do governo no Congresso, o senador Randolfe Rodrigues afirmou que o “Brasil está estupefato” de o Copom ter mantido a taxa de juros pela 7ª reunião seguida.

“O choque com a decisão do Copom é de fácil compreensão. O Brasil passa por um claro processo de redução da inflação. O IPCA dos últimos meses tem sido reiteradamente abaixo das expectativas, e desacelerou para apenas 0,23% em maio. A projeção de IPCA para 2023 do Relatório Focus — que o Banco Central afirma tanto levar em conta em suas decisões — caiu de mais de 6% para pouco mais de 5% nas últimas semanas. Já a prévia do IGP-M trouxe a maior deflação da história: 6,7% negativo no acumulado em 12 meses. E, talvez ainda mais importante, as expectativas de inflação para 2024 estão dentro do intervalo de flutuação da meta”, disse Randolfe.

Na abertura da reunião desta terça-feira, o presidente da CAE, senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), afirmou que o Copom já acena para uma iminente redução da Selic.

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