Menu
Política & Poder

Sem interrupção federal, país teria 100 milhões de vacinas até maio, diz presidente do Butantan

O diretor explica que as tratativas estavam avançadas até outubro, quando seria assinado contrato para a compra de 46 milhões de doses

Redação Jornal de Brasília

27/05/2021 13h53

Dimas Covas na CPI

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Julia Chaib e Renato Machado
Brasília, DF

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou que a interrupção na negociação de compra de vacinas prejudicou o cronograma de entrega de vacinas. Covas afirma que seria possível ter 100 milhões de doses da Coronavac entregues até maio. “Primeiro porque mudou totalmente o cronograma [a suspensão da negociação]. Se tivéssemos o contrato com quantitativo maior, de 100 milhões de doses, o cronograma seria outro, poderia ter sido cumprido até maio”, afirmou.

O diretor explica que as tratativas estavam avançadas até o dia 20 de outubro de 2020, quando seria assinado contrato para a compra de 46 milhões de doses. Pazuello estava comemorando a aquisição, segundo Covas.

No entanto, nessa data, houve declarações do presidente Jair Bolsonaro afirmando que o negócio não seria fechado. O vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), reproduziu o áudio das declarações do presidente. “Já mandei cancelar, quem manda sou eu. Não abro mão da minha autoridade”, disse o presidente.

“Senhores, é simples assim: um manda e outro obedece”, afirmou Pazuello, em outro áudio reproduzido na comissão. Dimas Covas, portanto, rebate a versão dada pelo ex-ministro Pazuello à CPI, que disse que não recebeu ordens para romper o negócio. “Aquele momento foi um divisor de águas. A partir do dia 20, essas tratativas simplesmente pararam”, afirmou Dimas Covas à CPI.

As informações são da Folhapress

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado