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Política & Poder

Salles fala na possibilidade de acabar com desmatamento ilegal antes de 2030

“2030 é o limite, mas nada nos impede de ir reduzindo o desmatamento desde agora”, declarou o ministro

Willian Matos

22/04/2021 11h59

Foto: Agência Brasil

Após a reunião da Cúpula do Clima, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, falou sobre o prazo pré-estabelecido pelo governo federal de acabar com o desmatamento ilegal. O presidente Jair Bolsonaro vem falando que o Brasil acabará com a prática até 2030. Salles, hoje, falou em antecipação deste prazo.

Na visão do ministro, o Brasil “tem todas as condições de reduzir o desmatamento em prazo anterior a 2030”. Segundo Salles, as ações contra o desmatamento começarão no dia 1º de maio. O chefe do Meio Ambiente, no entanto, não especificou uma nova data para a conclusão dos trabalhos.

“2030 é o limite, mas nada nos impede de ir reduzindo o desmatamento desde agora. Para isso, o governo federal coloca os seus recursos de agências ambientais, Polícia Federal, logística das Forças Armadas e abre a possibilidade para que os países, empresas, entidades nacionais e estrangeiras colaborem com o robustecimento do orçamento para redução do desmatamento ilegal.”

O Brasil é pressionado por empresários e até pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, quanto ao prazo de até 2030. Na visão de especialistas, o período é longo. Salles disse que “outros países também estão afirmando” o mesmo prazo.

Aumento de orçamento

Salles falou também sobre o orçamento prometido para as ações de fiscalização do desmatamento. Segundo o Ministro, ainda é preciso uma definido junto ao Congresso. “Porém, o que é possível dizer é que o que houver de disponibilidade, o presidente vai dobrar o recurso”, declarou.

Ajuda de países

Como frisou Salles, Bolsonaro pediu de fato a contribuição de países para o desenvolvimento da Amazônia. “Diante da magnitude dos obstáculos, inclusive financeiros, é fundamental contar com a contribuição de países, empresas, entidades e pessoas dispostas a atuar de maneira imediata, real e construtiva na solução desses problemas”.

Para Bolsonaro, a Amazônia vive um “paradoxo” porque a região é a mais rica do país em recursos naturais, mas apresenta os piores índices de desenvolvimento urbano. Esse paradoxo, na visão do presidente, é um passo importante para que a região se desenvolva, beneficiando os 23 milhões de habitantes.

“A comunidade internacional terá oportunidade singular de cooperar com a construção de nosso futuro comum”, assegurou o presidente, sem abrir mão dos créditos ao Brasil. “Da mesma forma, é preciso haver justa remuneração pelos serviços ambientais prestados por nossos biomas ao planeta, como forma de reconhecer o caráter econômico das atividades de conservação.”

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