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Política & Poder

Renan classifica negociação com vacina indiana como ‘absurda’

Compra das doses, produzidas pelo laboratório Bharat Biotech, representado no Brasil pela Precisa Medicamentos, entrou na mira da CPI

Redação Jornal de Brasília

22/06/2021 14h25

Agência Senado

O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), classificou como “absurda” a negociação do governo do presidente Jair Bolsonaro para compra da Covaxin e afirmou que o empresário Francisco Emerson Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos, poderá ser alvo de uma condução coercitiva se não comparecer à comissão. O depoimento está marcada para esta quarta-feira, 23.

Conforme o Estadão revelou, documentos do Ministério das Relações Exteriores mostram que o governo comprou a vacina indiana Covaxin por um preço 1.000% maior do que, seis meses antes, era anunciado pela própria fabricante. A compra das doses, produzidas pelo laboratório Bharat Biotech, representado no Brasil pela Precisa Medicamentos, entrou na mira da CPI. A ordem para a aquisição da vacina indiana partiu pessoalmente do presidente Jair Bolsonaro.

“Nós vamos aprofundar, nesta semana teremos um olhar especial para a negociação da Covaxin, que parece absurda sobre qualquer aspecto”, disse Renan Calheiros em entrevista a jornalistas no Senado. “Era a vacina mais cara com o mais demorado calendário”, destacou o parlamentar. Renan chamou a atenção para o fato de a Covaxin ser a única vacina comprada pelo governo brasileiro por meio de um “atravessador”, no caso, a empresa Precisa.

O depoimento do empresário está marcado para esta quarta-feira, 23. Se ele não vier, declarou o relator, a CPI vai adotar as mesmas medidas solicitadas no caso do empresário Carlos Wizard – ou seja, poderá ser alvo de uma condução coercitiva com autorização da Justiça. “A cada dia a Comissão Parlamentar de Inquérito tem mais dúvida sobre o caráter transparente e correto dessa negociação”, disse Renan.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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