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Política & Poder

Renan Calheiros quer convocar Luciano Hang antes do fim da CPI

Para o relator, ouvir o empresário bolsonarista é tão importante quanto receber o ministro Queiroga pela terceira vez

Willian Matos

22/09/2021 10h26

O relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), disse nesta quarta-feira (22) que quer convocar o empresário bolsonarista Luciano Hang antes do fim dos trabalhos da comissão.

Renan Calheiros disse que já estava com o relatório final pronto e que apresentaria o documento nesta quinta (23), mas a entrega será adiada para ouvir o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Desta forma, a CPI deve ter ainda dois depoimentos antes do fim dos trabalhos.

Na visão de Calheiros, a CPI não pode acabar sem ouvir Luciano Hang “da mesma forma que nós não podemos encerrar sem ouvir o ministro Marcelo Queiroga”. O requerimento de votação do dono das lojas Havan será votado na quinta (23), e a convocação deve ser marcada para a semana que vem.

Hang é tido como membro do “gabinete paralelo” que teria aconselhado o presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia. Para Renan Calheiros, o empresário “faz parte do submundo do negacionismo”.

Renan Calheiros, relator da CPI da Pandemia. Foto: Agência Senado

Hang deve comparecer à CPI antes de Queiroga. O ministro da Saúde só deve ser convocado daqui a pelo menos 15 dias, uma vez que testou positivo para a covid-19 na terça (21).

Queiroga foi aos Estados Unidos acompanhar o presidente Jair Bolsonaro na Assembleia-Geral da ONU, ocorrida ontem. Lá, o ministro protagonizou cenas polêmicas, quando comeu pizza em calçada e também ao mostrar o dedo do meio para manifestantes. O chefe da Saúde brasileira ficará duas semanas em quarentena no país norte-americano.

O senador Otto Alencar (PSD-BA) criticou Queiroga e disse que o ministro só acompanhou Bolsonaro para “levar o coronavírus para os Estados Unidos”. “Ele exportou o coronavírus”, disparou Otto. Renan disse que a presença dele na CPI é “mais do que recomendável”.

Será a terceira vez que Queiroga comparece à comissão. Desta vez, o ministro será perguntado sobre a orientação do Ministério da Saúde de suspender a vacinação em adolescentes sem comorbidades. A maioria dos estados e o Distrito Federal ignoraram a medida e seguem vacinando menores de 18 anos.

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