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Política & Poder

Relatório reforça elo de Palocci com empreiteiro

Agência Estado

28/09/2016 11h16

Atualizada

Um conjunto de mensagens de e-mail reunidas pela Polícia Federal no pedido de prisão do ex-ministro Antonio Palocci, alvo da 35.ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada na segunda-feira, 26, indicam o "relacionamento" de Marcelo Odebrecht com "Italiano" – codinome usado para identificar Palocci na empreiteira – desde 2004, quando ele era titular da Fazenda no governo Lula.<p><p>"Italiano possui relacionamento com Marcelo Bahia Odebrecht pelo menos desde 2004", informa relatório da Polícia Federal anexado ao pedido de prisão de Palocci. Batizada de Omertà, a 35.ª fase da Lava Jato aponta o ex-ministro como responsável pelo recebimento de ao menos R$ 128 milhões em propinas para o PT pagas pela Odebrecht.<p><p>"Tal indivíduo (‘Italiano, ou Palocci’) possuía elevado grau de penetração política, o que significa, como também será demonstrado, que detinha cargos de relevo no Executivo e Legislativo e capacidade e efetividade para alteração de quadros políticos em relação à contratação na esfera federal", diz a PF.<p><p>Palocci foi preso temporariamente na segunda-feira, por ordem do juiz federal Sérgio Moro. <p>Uma mensagem reunida pela PF, de 3 de maio de 2004, "há menção de atuação junto a governadores de Estados". O assunto é relacionado à "recuperação da ferrovia que liga Bauru (SP) à Corumbá (MS), ao que parece, a partir de arranjo prévio de tal indivíduo com Marcelo Bahia Odebrecht."<p><p>Há ainda mensagens que indicam que "Italiano" era Palocci e que tratam da atuação do ex-ministro em favor da Odebrecht em negócios na África. A Omertà sustenta que o petista teria atuado em favor do grupo na liberação de financiamentos do BNDES para Angola, onde eles executariam obras.<p><p>O criminalista José Roberto Batochio, defensor de Palocci, afirmou que o ex-ministro nunca recebeu vantagens ilícitas. A Odebrecht informou que não vai se manifestar. <br /><br /><b>Fonte: </b>Estadao Conteudo

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