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Política & Poder

Rebelião em penitenciária no RN termina com pelo menos 10 mortos

Agência Estado

15/01/2017 10h15

Divulgação/Sejuc RN

Após 14 horas de rebelião, pelo menos 10 homens mortos e pavilhões destruídos, a rebelião na Penitenciária Estadual de Alcaçuz e no Pavilhão Rogério Coutinho Madruga, na região metropolitana de Natal (RN), chegou ao fim. O controle foi retomado após a entrada de homens dos batalhões especiais da Polícia Militar no início da manhã deste domingo (15). Não houve reação dos rebelados.

O motim teve início por volta das 17h de sábado (14), após uma briga entre presos de dois diferentes pavilhões, o 4 e o 5. Não há, até o momento, registro de fugas, mas os internos ainda vão ser recontados. O número de vítimas também pode mudar após os policiais inspecionarem as celas e outras dependências dos dois pavilhões amotinados. As autoridades estão apurando se a confusão tem relação com disputas entre facções criminosas rivais. Presos feridos estão sendo levados para unidades de saúde da região. O número de feridos não foi divulgado até o momento.

De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed/RN), a tática montada ao longo da madrugada deste domingo pelos representantes da Cúpula de Segurança Estadual, com representantes do Poder Judiciário e Ministério Público, sob a coordenação do governador Robinson Faria, foi considerada positiva. Com o controle dos pavilhões, os policiais passarão a contar os mortos, feridos e avaliar os prejuízos causados à estrutura física da penitenciária.

No entorno da penitenciária, a movimentação de familiares é intensa e se tornou mais angustiante. A expectativa é de que os corpos das vítimas comecem a ser recolhidos ainda nesta manhã. Segundo relatos de policiais militares, agentes penitenciários e de imagens divulgadas em redes sociais pelos detentos que participaram da rebelião, há homens decapitados.

O governador já entrou em contato com ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, e pediu que a Força Nacional reforce a segurança no lado externo do presídio. A Força está no estado desde setembro do ano passado, auxiliando a Polícia Militar em ações de policiamento ostensivo. Na segunda-feira (9), o Ministério da Justiça e Cidadania autorizou a prorrogação da permanência da Força Nacional por mais 60 dias.

O governo do Estado confirmou, através da Sesed, que seria iniciado o processo de contagem dos corpos a partir das 8h (horário local). Acredita-se que a primeira parcial seja divulgada às 10h (horário local), durante uma coletiva de imprensa com representantes do governo do Rio Grande do Norte.

A Penitenciária de Alcaçuz é considerada a maior unidade prisional do estado. Ela é formada por cinco pavilhões e tem 5 mil e 900 metros quadrados de área construída. Informações publicadas no site da Secretaria Estadual da Justiça e da Cidadania mostram que Alacaçuz tem um total de 620 vagas e abriga atualmente uma população prisional 1.083 presos em regime fechado.

Nas duas últimas semanas, foram registradas rebeliões em fugas de presos em Manaus, Boa Vista, Santo Antônio de Jesus (BA), Itamaraju (BA) e Natal. Na região metropolitana da capital amazonense, pelo menos 60 detentos foram mortos por outros presos nos dois primeiros dias do ano no interior do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) e da Unidade Prisional do Puraquequara (UPP). Dias depois, 33 apenados foram assassinados na Penintenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), em Boa Vista.

Fonte: Estadao Conteudo e Agência Brasil

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