Menu
Política & Poder

Quem é Amilton Gomes de Paula, reverendo ouvido pela CPI hoje

Amilton é tido como um interlocutor entre a empresa Davati, que ofereceu 400 milhões de doses de vacina, e o Ministério da Saúde

Redação Jornal de Brasília

03/08/2021 8h22

Foto: Reprodução/Facebook

A CPI da Pandemia retorna aos depoimentos nesta terça-feira (3), após 15 dias de recesso das oitivas. A retomada será com a presença do reverendo Amilton Gomes de Paula, fundador da organização não governamental chamada Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah), com sede em Águas Claras-DF.

Amilton é tido como um interlocutor entre a empresa Davati e o Ministério da Saúde. A Davati ofereceu ao Ministério 400 milhões de doses da vacina contra a covid-19 AstraZeneca. A negociação é investigada porque o representante da Davati Luiz Paulo Dominguetti disse que o ex-diretor de Logística do Ministério, Roberto Dias, cobrou propina para fechar o negócio.

Além disso, o presidente da Davati, o americano Herman Cardenas, já confessou que não tinha como garantir que entregaria os 400 milhões de doses. Diante de uma empresa suspeita, os senadores investigam por que o Ministério deu atenção à negociação fraudulenta e se de fato houve pedido de propina.

Sendo assim, a CPI deve fazer perguntas a Amilton neste sentido. O reverendo, no entanto, obteve uma liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) que o autoriza a ficar em silêncio no caso de perguntas que possam incriminá-lo.

A convocação de Amilton atende pedido do vice-presidente do colegiado, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O senador lembra que o caso veio à tona no início de julho, quando o Jornal Nacional, da Rede Globo, mostrou e-mails em que o diretor de Imunização do Ministério da Saúde, Laurício Cruz, autorizava o reverendo a comprar, por meio da ONG Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah), 400 milhões de doses de vacinas contra a covid-19.

O depoimento do religioso estava marcado anteriormente para o dia 14 de julho, mas foi adiado por questões de saúde de Amilton de Paula. Ele apresentou um atestado médico alegando problemas renais, o que foi confirmado por perícia médica do Senado. Com informações da Agência Senado

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado