Após questionamento do senador e vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), de quantos brasileiros vacinados seria preciso para que a população se considere segura, o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que seria necessário que 70%, ou seja, 78 milhões de pessoas sejam imunizados. “Precisamos vacinar pelo menos quem está previsto dentro do PNI (Plano Nacional de Imunização).” Atualmente, apenas 15% da população brasileira está imunizada com as duas doses.
Mais cedo, o ministro afirmou que o Brasil tem 430 milhões de doses de vacinas contratadas atualmente. A Saúde, em outro momento, havia informado, de forma equivocada, que era 560 milhões.
Queiroga ainda negou saber da existência de comprimidos de Hidroxicloroquina no ministério, ele afirmou que não se ateve a esse fato. “Ao tomar posse eu recebi um relatório com um mundo de medicamentos.”
Ainda assim, essa fala veio após pressão dos senadores, já que o ministro desde o início evitava falar sobre o medicamento. O relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), perguntou a Queiroga se ele compartilha das opiniões do presidente Bolsonaro quanto ao uso da cloroquina, mas ele apenas respondeu que é necessário embasamento técnico para responder o questionamento. “Não faço juízo de valor.”
O ministro ainda disse que não autorizou distribuição da hidroxicloroquina. “Não autorizei e não tenho conhecimento de que esteja havendo distribuição de cloroquina na minha gestão”.