O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, falou a jornalistas nesta quarta-feira (27) após a terceira reunião do comitê contra a covid-19 criado pelo governo federal. Na fala, Queiroga reconheceu que o número de mortes pela doença é “muito elevado”, embora dados mostrem uma ligeira queda nas últimas semanas.
“Assistimos uma queda dos casos e, consequentemente, uma queda nos óbitos. Ainda estamos em um momento de muita seriedade. Esses óbitos estão caindo, mas ainda estamos em um número de óbitos muito elevados”, afirmou o ministro.
Para Queiroga, ainda que o número de mortes seja alto, a pressão na rede pública de saúde tem diminuído. “Essa queda [dos casos] tem causado uma menor pressão sobre o nosso sistema de saúde, e diversos estados já têm uma situação mais confortável de disponibilidade de leitos de terapia intensiva.”
O chefe da Saúde também entende que a variante P1 da covid-19 agravou o cenário. “Nós sabemos que essa variante do vírus levou a um número muito grande de óbitos”, disse.
Comprometimento
Ressaltando a necessidade de comprometimento com as medidas de prevenção contra a doença, o ministro disse ainda que “não adianta [a população] ficar esperando só pelos governos federal, estadual e municipal”. “Todos nós temos que nos comprometer com essa iniciativa [de combate à covid].”
Queiroga falou que o Ministério prepara um programa de ampla testagem da população. “Em breve, lançaremos um programa de testagem da nossa população, usando testes com antígeno, que são mais rápidos”. O objetivo, segundo o ministro é “conseguir identificar aqueles casos positivos, os seus contactantes, para que possamos adotar uma política melhor de quarentena para esses indivíduos afetados pela covid-19 e, assim, reduzir a transmitir a transmissão dessa doença.”
