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Política & Poder

Quarentena de Queiroga deve custar ao menos R$ 30 mil só em diárias em Nova York

Além das diárias, cujo valor médio é R$ 1.418, o preço inclui taxa de amenidades, café da manhã e impostos

FolhaPress

22/09/2021 15h09

Rafael Balago

A quarentena do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em Nova York, deverá custar ao menos R$ 30 mil apenas em hospedagem. O quarto mais barato no hotel onde ele está hospedado, o Intercontinental Barclay, durante 14 dias, custa ao menos US$ 5.735, de acordo com cotação feita junto ao hotel.

Além das diárias, cujo valor médio é US$ 269 (R$ 1.418) para o quarto comum, o preço inclui taxa de amenidades (US$ 35/dia), café da manhã (US$ 50/dia) e impostos. O custo pode variar a depender de algumas variáveis: há desconto para clientes com planos de fidelidade e acréscimo caso serviços, como estacionamento, sejam incluídos.

Em um quarto de luxo, o valor total subiria para US$ 6.539 (R$ 34.360). A reportagem não conseguiu confirmar qual categoria de hospedagem foi contratada por Queiroga. O custo foi estimado para uma reserva feita nesta quarta (22), com duração até 6 de outubro, prazo de 14 dias, similar ao que Queiroga deverá permanecer isolado, após o ministro receber diagnóstico de Covid-19, nesta terça (21).

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) viajou para Nova York com vários ministros, que acompanharam o discurso do líder brasileiro na Assembleia-Geral da ONU (Organização das Nações Unidas). A comitiva, sem Queiroga, deixou a cidade na noite de terça e retornou a Brasília.

O ministro esteve em vários eventos ao lado do presidente, como o jantar na segunda (20) que terminou em confusão. Na ocasião, mostrou o dedo do meio a ativistas que protestavam contra o governo.

O hotel, a três quadras de uma das entradas da ONU, costuma ser usado por chefes de Estado. Bolsonaro se hospedou no mesmo local em 2019, quando discursou pela primeira vez no evento. Além do brasileiro, o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, escolheu o hotel no período em Nova York.

Nesta quarta (22), um dia após a divulgação do teste positivo de Queiroga, a missão brasileira na ONU voltou a trabalhar de forma presencial na Assembleia-Geral. No dia anterior, todos os funcionários haviam sido orientados a adotar o trabalho remoto ao menos até o fim de semana, para evitar novos contágios.

Assim, parte da equipe que não teve contato com o ministro da Saúde e obteve resultado negativo no teste de Covid voltou a frequentar a sede da ONU, em Nova York, onde ocorre a Assembleia-Geral.

A decisão de voltar aos trabalhos presenciais se baseou no rastreamento de contatos e nas regras estabelecidas pela ONU para controle de Covid. Elas determinam que os funcionários deixem de frequentar a sede caso tenham tido contato próximo com infectados.

Queiroga foi o segundo caso de contágio durante a visita de Bolsonaro aos EUA. Antes, um funcionário do cerimonial também recebeu diagnóstico de Covid e cumpre isolamento antes de voltar ao Brasil.

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