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Política & Poder

Procuradora diz na CPI que obras em Congonhas não deram prioridade à pista principal

Arquivo Geral

07/08/2007 0h00

A procuradora da República Suzana Fairbanks Lima, treat do Ministério Público Federal, cialis 40mg informou hoje  à CPI do Apagão Aéreo do Senado que em 2004 ajuizou ação civil pública contra as obras no aeroporto de Congonhas (SP). A alegação foi a de que “obras na pista principal e na torre de controle, os principais problemas de Congonhas, sequer constavam do edital de licitação das obras do aeroporto”.

Ela informou ainda que “as obras de Congonhas estavam dirigidas com a preocupação única de embelezar as áreas de atendimento aos passageiros, a preocupação das autoridades aeroportuárias era com o conforto dos 12 milhões de passageiros por ano – hoje, fala-se em 18 milhões –, o que faz de Congonhas o maior aeroporto da América Latina”.

Hoje, acrescentou, “é justamente esse o argumento, depois do acidente da TAM, que vem sendo usado por estas mesmas autoridades: que o aeroporto é o maior da região Sul e não pode ter suas atividades diminuídas nem desativadas”.

Suzana Lima também confirmou à CPI ter pedido, na ação civil pública que ajuizou em São Paulo, a quebra dos sigilos fiscais, bancários e telefônicos do ex-presidente da Infraero, o hoje deputado Carlos Wilson (PT-PE), “à época responsável pelas licitações das obras em vários aeroportos, inclusive o de Congonhas”.

Outros dois procuradores do Ministério Público Federal falaram hoje à CPI: Hélio Telho Correa Filho (de Goiás) e José Ricardo Meirelles (que atuava em Campinas). O primeiro informou que “as licitações da Infraero para reformas de aeroportos eram feitas por obra completa (terminal de passageiros, pista de taxiamento de aeronaves e área de informática), e não separadamente, para beneficiar apenas grandes empresas, ao todo entre seis a sete empresas, que rateavam entre si os aeroportos que seriam reformados”.

Ele disse ter chegado a essa conclusão após investigações sobre as obras do aeroporto de Goiânia, que segundo o procurador continham muitas irregularidades.

Já José Ricardo Meirelles informou que atua agora em São Paulo, e não mais em Campinas, onde o aeroporto de Viracopos funciona “quase completamente dedicado ao transporte de carga”. A proximidade desse aeroporto com a capital paulista – quase 90 quilômetros –, sugeriu, “pode se constituir numa alternativa ao congestionamento de Congonhas”.

Para as 10 horas de amanhã está marcado o depoimento do ministro da Defesa, Nelson Jobim, à CPI do Apagão Aéreo no Senado. Na quinta-feira serão ouvidos outros procuradores do Ministério Público Federal.

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