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Política & Poder

PF indicia Kassab e mais dois por propinas da J&F

De acordo com a PF, além das informações prestadas nas colaborações premiadas, os investigadores cruzaram dados

Redação Jornal de Brasília

22/02/2021 16h17

Foto: Agência Brasil

A Polícia Federal concluiu o inquérito aberto na esteira da Operação Lava Jato para apurar os relatos de propinas ao ex-ministro Gilberto Kassab (PSD), revelados por executivos do Grupo J&F em delações premiadas firmadas com a força-tarefa. Além do pessedista, o irmão dele, Renato Kassab, e o ex-tesoureiro do PSD nacional, Flavio Castelli Chuery, foram indiciados por corrupção passiva, falsidade ideológica eleitoral (‘caixa dois’), lavagem de dinheiro e associação criminosa.

O relatório policial com a conclusão das investigações foi entregue à 1ª Zona Eleitoral de São Paulo nesta segunda-feira, 22. De acordo com a Polícia Federal, além das informações prestadas nas colaborações premiadas, os investigadores cruzaram dados obtidos em buscas, quebras de sigilos bancário e fiscal, interceptações telefônicas e depoimentos de testemunhas.

O ponto de partida da investigação foi o acordo de delação premiada do empresário Wesley Batista. Ele afirmou que Kassab recebeu uma mesada de R$ 350 mil da empresa entre 2010 e 2016, totalizando R$ 30 milhões, ‘em troca de eventual influência política futura em demandas de interesse da JBS’. Já o executivo Ricardo Saud disse que a empresa repassou outros R$ 28 milhões ao PSD, partido fundado por Kassab, pela suposta compra de apoio político acertada com o PT.

Os repasses teriam sido feitos através da assinatura de contratos falsos com simulação de serviços entre as empresas do Grupo J&F e firmas indicadas pelo político, com a participação do irmão dele e de Chuery.

Quando as suspeitas vieram a público, o ex-ministro afirmou que os valores recebidos possuem comprovação de origem e cumprem todos os requisitos legais. Em dezembro de 2018, Kassab, que estava escalado para a Secretaria da Casa Civil do então governador eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), chegou a ser alvo de um mandado de busca e apreensão.

Estadão conteúdo

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