Nesta terça-feira (19), a Polícia Federal indiciou o ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro por associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema público.
A Controladoria Geral da União (CGU) já havia aberto um inquérito por constatar que havia falsificação no documento de vacinação da COVID-19.
Na época em que supostamente o ex-presidente foi vacinado, o servidor afirmou à CGU que Bolsonaro nunca esteve no local e os servidores da unidade de saúde negaram conhecer qualquer pedido feito para registrar a imunização do então chefe do Executivo.
Outra alegação da CGU é de que o lote da suposta vacina tomado pelo ex-presidente não estaria disponível na data em que teria acontecido a imunização na UBS Parque Peruche, em São Paulo.
Após ser indiciado, o processo do ex-presidente será julgado pelo Ministério Público Federal (MPF).
Além de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ) estão na lista de indiciados pela PF. Bolsonaro e seus apoiadores ficaram marcados durante a pandemia pelas campanhas contra a aplicação da vacina da COVID-19.
Relembre a investigação
No início de maio de 2023, a PF cumpriu mandado de busca e apreensão na casa de Bolsonaro e de prisão contra Mauro Cid e Max Guilherme, outro ex-assessor de Bolsonaro.
Em maio de 2023, Bolsonaro prestou depoimento à PF. Na ocasião, ele disse que não determinou a inserção de dados falsos em sua carteira de vacinação, nem na de sua filha, Laura Bolsonaro.
Mauro Cid, ex-ajudante de Bolsonaro, optou pelo silêncio ao falar sobre o tema para a PF, mas a sua esposa, Gabriela Santiago Cid confirmou que houve uso de certificado falso de vacinação por influência do marido.
Existem outros dois que têm Bolsonaro na mira e a PF espera concluir até julho. O ex-presidente é acusado de participação numa trama para tentar dar um golpe de Estado durante as eleições presidenciais e também é suspeito em caso sobre joias recebidas da Arábia Saudita.