Willian Matos
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Pela segunda fez nesta semana, a Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (9) uma operação contra o crime organizado. São cumpridos 52 mandados de prisão preventiva, 48 de busca e apreensão e 45 de sequestro de valores e bloqueio de contas referentes ao setor financeiro do Primeiro Comando da Capital (PCC).
A Operação Caixa-Forte, deflagrada hoje, é um desmembramento da Operação Cravada, que aconteceu há dois dias. As prisões são feitas em Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul.
Ao todo, as ações ocorrem em 18 cidades e seis unidades prisionais, onde seis dos alvos já se encontram recolhidos. Todos os mandados foram expedidos pela Vara de Tóxicos de Belo Horizonte.
No Paraná, os membros da força-tarefa cumprem mandados em Curitiba, Londrina, São José dos Pinhais, Almirante Tamandaré, Colombo, Fazenda Rio Grande, Goioerê, Mandirituba, Matinhos, Paranaguá, Pinhais e Piraquara.
Em Minas as ações são realizadas em Uberaba e Conceição da Alagoas, e no Mato Grosso nas cidades de Campo Grande e Corumbá.
Já em São Paulo, a força-tarefa age em Ribeirão Preto, Itaquaquecetuba, Embu das Artes, e na capital paulista.
A Operação Caixa-Forte é realizada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco), que inclui a PF, as Polícias Civil e Rodoviária e a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais.
Segundo a PF, pessoas que não estariam ligadas ao PCC tinham as contas bancárias usadas para as transações do grupo. Para não levantar suspeitas do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), os integrantes realizavam os chamados depósitos fracionados — transações em pequenas quantias e em diferentes contas.
Após esses depósitos, o dinheiro era transferido para outras contas ou sacado em caixas eletrônicos. No período das investigações, a movimentação financeira ultrapassou R$ 7 milhões de reais em 45 contas bancárias.
As investigações tiveram início em novembro de 2018 e identificaram que uma seção “rigidamente estruturada” da facção, denominada Geral do Progresso, era responsável por gerenciar o tráfico de drogas e “orquestrar a lavagem de dinheiro dos valores oriundos dos crimes”, indicou a PF.
Os presos podem responder por pelos crimes de tráfico de drogas, participação em organização criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas podem chegar a 33 anos de prisão. Com agências