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Política & Poder

PEC Kamikaze virou PEC virtuosa das bondades, diz Guedes

A medida foi aprovada no plenário do Senado com apenas um voto contra, o do senador José Serra. Agora, a proposta tramita

FolhaPress

12/07/2022 13h30

Foto: Clauber Cleber Caetano/Presidência da República

Alexa Salomão
Brasília, DF

Na avaliação do ministro da Economia, Paulo Guedes, uma mudança de foco aprimorou a PEC (proposta de emenda à Constituição) que tramita no Congresso. “De PEC Kamikaze passou a ser a PEC virtuosa das bondades”, afirmou Guedes.

O ministro participou nesta terça-feira (12) de audiência na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos no Senado) que tratou, entre outros temas, da questão dos combustíveis, mas a PEC ganhou espaço.

A medida amplia despesas sociais até o fim do ano. Estão previstos R$ 41,25 bilhões para ampliar o Auxílio Brasil e reduzir a fila do benefício, aumentar o vale-gás de cozinha, criar auxílios a caminhoneiros e taxistas, entre outras medidas.

O próprio ministro havia adotado o termo Kamikaze para designar a proposta quando ela incluía um fundo de estabilização de combustíveis e repasses a estados para cobrir perdas com a redução do ICMS sobre os combustíveis.

“Tudo isso aqui é transferência direta de renda, por isso prefiro o nome PEC da bondade. Quantitativamente, ela é menos de um terço do gasto do que era a PEC Kamikaze e, qualitativamente, é muito superior”, afirmou.

“Em vez de subsídio para gasolina barata, para lancha, para avião, ela traz camadas de proteção para os mais vulneráveis.”

Segundo Guedes, a preocupação do governo e do Congresso é atender os mais frágeis. “Não vamos deixar as pessoas cozinhando com lenha”, afirmou ele.

Também agradeceu o que chamou de “a mão amiga do Congresso” na aprovação de medidas que vão beneficiar a população, destacou.

Nem o ministro nem os Senadores fizeram considerações sobre o fato de a PEC estar sendo questionada por criar um estado de emergência para permitir gastos adicionais, fora do limite do teto de gastos, em período eleitoral.

A medida foi aprovada no plenário do Senado com apenas um voto contra, o do senador José Serra. Agora, a proposta tramita na Câmara.

Em sua apresentação, o ministro ainda questionou os estados por reagirem contra redução da alíquota do ICMS sobre os combustíveis, incluindo o fato de eles terem recorrido contra as medidas no STF (Supremo Tribunal Federal).

“Ninguém transferiu tanto recurso para os estados, fora mais de R$ 500 bilhões”, afirmou Guedes. “Sobe a comida, sobe o petróleo e não querem compartilhar isso [os ganhos]?

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