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Política & Poder

Padilha prega calma para Lula definir novo PGR e não vê problema em interinidade

A declaração foi dada após reunião de Lula com ministros palacianos e líderes do governo no Congresso

Redação Jornal de Brasília

25/09/2023 14h18

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

MARIANNA HOLANDA
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)

O ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) defendeu nesta segunda-feira (25) que o presidente Lula (PT) tenha calma e tranquilidade para escolher o novo procurador-geral da República. O mandato de Augusto Aras termina nesta terça-feira (26).

Se o chefe do Executivo não indicar um novo nome até esta terça, assumirá interinamente Elizeta Maria de Paiva Ramos, vice-presidente do CSMPF (Conselho Superior do Ministério Público Federal). Para Padilha, isso não seria um problema.

“Encerra atual mandato do procurador-geral da República nesta semana, mas o Brasil já teve outras situações de interinidade no cargo. O presidente tem que ter calma, tranquilidade. Defendi junto ao presidente que ele não tem que ter qualquer tipo de exigência em relação a esse calendário de definição de nome”, afirmou a jornalistas no Palácio do Planalto.

“O presidente não tem que estar preocupado nem pressionado pelo calendário de encerramento do mandato do atual PGR”, completou.

A declaração foi dada após reunião de Lula com ministros palacianos e líderes do governo no Congresso. Segundo Padilha, o tema não foi objeto de discussão.

Aras buscava sua recondução e chegou a se encontrar com Lula no Planalto, mas seu nome enfrentou resistências devido à forma como conduziu a PGR durante o governo Jair Bolsonaro (PL), por quem foi indicado ao cargo.

De acordo com auxiliares palacianos, Lula ainda não demonstrou proximidade com nenhum dos cotados à PGR. A avaliação é a de que, de fato, não há pressa. Na sexta-feira (29), o presidente fará uma operação no quadril.

O petista conversou já também com os dois principais candidatos ao cargo: Paulo Gonet, atual vice-procurador-geral da República, e Antônio Carlos Bigonha.

O primeiro tem o apoio de ministros do Supremo, como Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, e do ministro da Justiça, Flávio Dino. Já Bigonha tem o respaldo de boa parte do PT. Até há pouco, era apontado no Planalto como o favorito.

Aliados que acompanham de perto a questão dizem que Lula não saiu plenamente satisfeito de nenhuma das duas conversas. Segundo esses aliados, ele sinalizou preferência pela conversa que teve com Gonet, o que contribuiu para embaralhar a disputa.

Lula não conversou com ministros e líderes sobre PGR na reunião desta segunda, mas tratou de temas prioritários no Congresso.

De acordo com Padilha, na Câmara, o governo quer aprovar o projeto de lei que cria debêntures em infraestrutura e o marco de garantias, que reduzem o custo do crédito no país.

Já no Senado, a prioridade será na aprovação do projeto de obras em escolas que ficaram paralisadas no governo passado e o do Desenrola.

O ministro disse que trabalhará para votar este segundo texto ainda nesta semana, para que seja sancionado semana que vem.

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