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Política & Poder

No G20, Picchetti diz que tensões geopolíticas têm desdobramentos sobre financeiro e econômico

“Há riscos pelo momento em que o mundo vive, o que envolve questões de tensões geopolíticas”, comentou ele

Redação Jornal de Brasília

29/02/2024 18h18

Foto: Agência Brasil

O diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central, Paulo Picchetti, disse nesta quinta-feira, 29que as tensões geopolíticas no mundo têm desdobramentos sobre o lado financeiro e econômico. Há ainda os riscos climáticos, que já provocam efeitos na oferta de curto prazo em diferentes regiões do planeta.

“Já existem evidências que o clima tem impacto sobre expectativas e preços, que em última análise estão afetando o balanço total de risco”, disse o diretor do BC em conversa com jornalistas.

“Há riscos pelo momento em que o mundo vive, o que envolve questões de tensões geopolíticas”, comentou ele.

Perguntado sobre as discussões para descongelar ativos russos e levar os recursos para a Ucrânia, como querem os Estados Unidos, Picchetti disse que o tema não foi tratado nas reuniões plenárias. Já o tema guerra – entre Rússia e Ucrânia e de Israel com o Hamas – apareceu nas discussões.

Sobre os pagamentos transfronteiriços, Picchetti disse que teve muitas conversas sobre questões econômicas e tecnológicas para permitir que se transformem em realidade.

Inclusão financeira

Picchetti afirmou que a inclusão financeira foi muito discutida entre os banqueiros centrais do G20, que se encontram nas reuniões de autoridades financeiras, desta semana, em São Paulo

O slogan da presidência do Brasil no G20 faz menção ao propósito de construir um mundo socialmente mais justo, e, neste sentido, Picchetti afirmou que a inclusão da parcela da população sem acesso a serviços bancários e de crédito foi uma das frentes mais debatidas.

Conforme Picchetti, o Brasil, pelo sucesso do Pix, o sistema de pagamentos digitais instantâneos, foi visto como exemplo de como se faz para ampliar o acesso das pessoas ao sistema financeiro.

O diretor do BC destacou que para assegurar melhor condição de vida é fundamental incorporar pessoas que estão à margem do sistema financeiro e ampliar o acesso a crédito. O G20, pontuou, tem hoje uma importância “muito maior” na coordenação de repostas a problemas comuns de seus membros.

Ao relatar visões compartilhadas nas reuniões de banqueiros centrais do grupo das maiores economias do mundo, Picchetti disse que todos manifestaram de forma muito enfática a preocupação de que a desigualdade seja revertida, após a pandemia atingir as populações mais vulneráveis.

Estadão Conteúdo

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