Jéssica Antunes
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No pleito deste ano, duas zonas eleitorais foram extintas (7ª e 12ª) e seções mudaram de lugar. Assim, parte dos 2.084.357 eleitores do Distrito Federal foram redistribuídos pelas cidades. Somente no Plano Piloto, foram 29 alterações. Apesar de avisos anteriores, cidadãos foram pegos de surpresa e causou até bate boca.
Não são mais locais de votação o Centro de Ensino Médio Elefante Branco (Cemeb), na 907 Sul, o Centro de Ensino Fundamental Caseb, na 909 Sul, e a Escola Classe 107, por exemplo. Os eleitores tiveram de ser redistribuídos e alguns, inconformados, chegam a brigar.
Por volta das 9h, uma senhora chegou a se exaltar com a notícia de mudança de local. “Muita gente está perdida”, revelou uma agente de informações do Centro Interescolar de Línguas (CIL) Brasília, ao lado do Cemeb, que recebeu parte da demanda de perdidos. Ela é responsável por informar os novos endereços.
Comerciante, Mário Lúcio Rocha, 65, é um dos que teve de se deslocar. Desde os 18 anos ele votava no colégio e, agora, foi surpreendido. “No ano passado, o prédio estava em reforma e tivemos que votar em outro local. Acreditei que, desta vez, voltaria ao normal”, explica. Por sorte, bastou atravessar a pista.
Aposentada de 73 anos, Elice Freire faz questão de votar, mas teve que andar um pouco mais desta vez. “Ouvi comentários de que algumas sessões tinham mudado, mas estava acostumada a vir para o mesmo local desde sempre. Não chega a ser um transtorno porque é em frente, mas poderiam ter divulgado mais”, relata.
Poeta sem rumo
O poeta brasiliense Nicholas Behr vota na mesma zona há bastantes anos, porém desta vez teve dificuldade para encontrar a sessão. Apesar do pequeno estresse, ele não se deixou abater. “Se eu não exercesse meus direitos ia ficar triste”, comentou.
Ele ainda falou sobre a importância do voto consciente e de o cidadão acompanhar os candidatos que elegeu. “A população deve ser mais crítica e desconfiar de certas promessas”, avisou.
Colaborou Lígia Vieira