O ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), assinou na última semana uma decisão que suspende a quebra dos sigilos fiscal, bancário, telefônico e telemático do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, e a informação veio a publico hoje.
Silvinei é investigado por interferência no segundo turno das eleições presidenciais de 2022 com barreiras que atrapalharam o trânsito de eleitores aos seus locais de votação. A situação ocorreu principalmente no Nordeste, região onde a maioria votou em Lula. O ex-diretor-geral da PRF está preso desde agosto.
A decisão de suspender a quebra de sigilo foi tomada pois Marques acredita que o requerimento aprovado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) “não está devidamente fundamentado”. O ministro acredita que o embasamento usado pelos congressistas é genérico e amplo, e que não há “situação concreta” que relacione Silvinei com suspeitas de algum ato ilícito cometido por ele nos atos de 8 de janeiro, objeto da comissão.
Essa não é a primeira vez que Nunes Marques toma uma decisão contrária aos outros integrantes do colegiado. Ele também já desobrigou a ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça Marília Alencar a depor à CPMI.