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Política & Poder

Ministro de Lula rebate colega e diz que não há comparação entre 8/1 e ações do MST

Teixeira ponderou, no entanto, que seu relacionamento com Fávaro é bom e que ele já deu sinais de “boa relação” com o MST

Redação Jornal de Brasília

29/04/2023 14h19

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

PAULA SOPRANA
SÃO PAULO, SP

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, participou de evento do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) neste sábado (29) e rebateu as falas do colega Carlos Fávaro, ministro da Agricultura, que comparou as invasões do movimento em abril aos ataques golpistas de 8 de janeiro.

“Não vejo nenhuma relação das ocupações do MST com 8 de janeiro; 8 de janeiro foi um ataque à democracia, uma destruição do patrimônio público, não há correlação entre ambas”, disse em evento do movimento no centro de São Paulo.

Teixeira ponderou, no entanto, que seu relacionamento com Fávaro é bom e que ele já deu sinais de “boa relação” com o MST ao comparecer a um assentamento no Paraná.

Na quinta-feira (27), Fávaro teceu duras críticas à invasão de terras produtivas e disse: “Eu comparo, e já disse isso com muita tranquilidade, ao ato repugnante da invasão do Congresso Nacional”.

Paulo Teixeira também afirmou neste sábado que todas as diretorias do Incra serão mudadas, incluindo as de Alagoas e do Amapá, onde se encontram aliados do deputado Arthur Lira (PP) e do senador David Alcolumbre (União Brasil), respectivamente.

Ele criticou a CPI do MST, que será instalada na Câmara, por “falta de um fato determinado”. “O setor público não pode perseguir uma instituição por divergências. Se tiver que investigar conflitos no campo é preciso fazer isso a partir do relatório da Comissão Pastoral da Terra, que mostra atos de grilagens, pistoleiros atuando na região do sul do Pará, no Matopiba e no sul do Amazonas”, disse.

O ministro ainda afirmou que o Plano Nacional de Reforma Agrária está praticamente pronto e será lançado pelo presidente Lula no meio de maio.

“O problema nosso é o seguinte: estamos há seis anos e nenhum centímetro de terra foi entregue para fins de reforma agrária, por isso tem um represamento. Daí a razão dessas reivindicações dos movimentos.”

Dirigentes do MST e políticos aliados do governo se reuniram neste sábado na capital paulista em evento para anunciar o retorno da Feira Nacional Agrária, interrompida durante a pandemia. A feira será realizada no Parque da Água Branca, em São Paulo, em 11 de maio.

Outro ministro de Lula, Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, também compareceu.

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