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Política & Poder

Ministério não respondeu contatos sobre falta de oxigênio em Manaus, diz ex-secretário

Marcellus Campêlo disse que alertou o Ministério da iminente falta de oxigênio em Manaus no dia 7 de janeiro. Depoimento confronta falas de Pazuello

Willian Matos

15/06/2021 11h18

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

O ex-secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, disse à CPI da Pandemia nesta terça-feira (15) que enviou ofício ao Ministério da Saúde alertando para o colapso de falta de oxigênio em Manaus no dia 7 de janeiro. O contato não teve resposta, de acordo com Campêlo.

Campêlo confirmou que o Ministério da Saúde teve conhecimento no dia 7 de que a empresa White Martins teria problemas de logística para enviar oxigênio para Manaus. Depois, nos dias 10 e 11 também houve contato. “No dia 9 de janeiro, quando nós percebemos que haveria um atraso na chegada da primeira balsa prometida pela White Martins, nós enviamos um ofício”, afirmou o ex-secretário. Ele explicou também que, no dia 10, o ministro da Saúde à época, Eduardo Pazuello, esteve em Manaus e foi informado pessoalmente.

Perguntado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) a data exata do primeiro contato, Campêlo explicou que um ofício foi enviado às 23h45 do dia 7 de janeiro. “Nós encaminhamos essa carta pedindo apoio” logístico em relação ao envio de oxigênio.

O depoimento confronta Pazuello, que disse à CPI que Manaus não havia pedido ajuda em relação à falta de oxigênio e que foi apenas informado do problema com a White Martins no dia 10 de janeiro. Perguntado se o ministro mentiu, Campêlo preferiu não afirmar, mas manteve a posição de que fez um contato antes do dia 10.

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