No último sábado (13), conforme noticiado pelo Jornal de Brasília, a Polícia Federal estava investigando uma possível articulação de desvio de dinheiro público no governo Jair Bolsonaro (PL) a pedido da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Segundo a PF, a suspeita envolvia a assessoria da esposa do ex-presidente e os seus funcionários da Ajudância de Ordens da Presidência, que foi chefiada por Mauro Cid, preso desde o dia 3 de maio por suspeita de ter falsificado cartões de vacinação.
E conforme apurado pelo UOL, a PF identificou a realização de depósitos em dinheiro vivo para Michelle, aumentando a suspeita de esquema de desvio de recursos e rachadinha sob a gestão de Bolsonaro. Esses repasses eram operacionalizados por Cid.
Jair e Michelle negaram irregularidades e afirmaram, por meio de nota, ‘absoluta convicção que todos os pagamentos referentes ao dia a dia da família eram feitos com recursos próprios’.
Em investigação, a Polícia Federal encontrou, em mensagens trocadas pelo WhatsApp, imagens de sete comprovantes de depósitos de dinheiro vivo que foram realizados por Cid e encaminhados para a assessoria da então primeira-dama no período de 8 de março de 2021 a 12 de maio do mesmo ano. Os comprovantes foram localizados tanto no grupo de WhatsApp da Ajudância de Ordens da Presidência da República, quanto em trocas de mensagens.
Os repasses totalizaram R$ 8,6 mil, e foram feitos de forma fracionada, em pequenos valores, evitando assim o alerta aos órgãos de controle e a identificação de irregularidades. Em junho, também foi identificada uma transferência de R$ 5 mil direto da conta de Cid para a de Michelle.