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Política & Poder

Mauro Vieira e secretário de Biden falam sobre visita de Lula aos EUA sem definir data

A ideia é aproveitar a ida ao principal vizinho do país para participar da cúpula da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos)

FolhaPress

03/01/2023 20h28

Foto: MANDEL NGAN / AFP

Ricardo Della Coletta e Cezár Feitoza
Brasília, DF

O chanceler Mauro Vieira conversou nesta terça (3) com o secretário de Estado americano, Antony Blinken, sobre uma visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Washington ainda no início do mandato, mas a chamada telefônica terminou sem uma data definida.

Aliados de Lula dizem que a expectativa é que a visita de Lula ao presidente dos EUA, Joe Biden, ocorra até março -inicialmente, auxiliares falavam que a viagem poderia ocorrer ainda em janeiro, mas a hipótese hoje é considerada praticamente descartada.
Americanos chegaram a propor uma data em janeiro para que Lula fosse encontrar com Biden, mas o petista pretende inaugurar suas viagens internacionais com a Argentina.

A ideia é aproveitar a ida ao principal vizinho do país para participar da cúpula da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos). A reunião está marcada para os dias 23 e 24 de janeiro.

O governo Jair Bolsonaro (PL) suspendeu em 2020 a participação do Brasil na Celac. O bloco foi criado em 2010, no final do segundo mandato de Lula, como uma forma de países da região se articularem sem a participação de EUA e Canadá.

Outro evento do calendário internacional que Lula descartou comparecer foi o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, que ocorre entre 16 e 20 de janeiro. A principal autoridade brasileira no fórum será o ministro da Economia, Fernando Haddad (PT).

Depois dos EUA, Lula pretende ainda realizar uma visita à China, o principal parceiro comercial do país. Pequim protagoniza com Washington uma disputa geopolítica e tecnológica já apelidada de Guerra Fria 2.0 -e um dos principais desafios de Lula no flanco externo será se equilibrar nesse conflito.

O governo Biden enviou para a posse de Lula uma delegação chefiada pela secretária do Interior, Deb Haaland. Auxiliares de Lula chegaram a esperar, no início, uma representação de nível mais alto dos Estados Unidos, numa sinalização de prestígio ao novo governo. Chegou-se a especular sobre a vinda da vice-presidente Kamala Harris ou mesmo do próprio Blinken, o que acabou não se confirmando.

Haaland manteve reuniões de trabalho com autoridades do governo Lula em Brasília, mas voltou aos EUA sem que houvesse uma bilateral com o petista.

Lula dedicou seu primeiro dia de trabalho na presidência, na segunda (2), a encontros com os chefes de Estado estrangeiros. Entre outras reuniões, ele se encontrou com o rei da Espanha, Filipe 6º, e com os presidentes de Argentina (Alberto Fernández), Chile (Gabriel Boric) e Portugal (Marcelo Rebelo de Sousa).

O português convidou Lula para visitar o país europeu em abril, para a cerimônia de entrega ao Prêmio Camões a Chico Buarque.

O escritor, compositor e cantor brasileiro venceu o principal prêmio da literatura portuguesa em 2019, mas Bolsonaro se recusou a assinar o diploma da homenagem.

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