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Política & Poder

Lula evita a imprensa em evento após denúncia da PGR contra Bolsonaro

Lula ofereceu uma recepção oficial no Palácio do Itamaraty ao presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa

Redação Jornal de Brasília

19/02/2025 8h34

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Foto: Ricardo Stuckert / PR

CATIA SEABRA
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) evitou a imprensa na noite desta terça-feira (18), momentos após a denúncia da PGR (Procuradoria Geral da República) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pela trama golpista.

Lula ofereceu uma recepção oficial no Palácio do Itamaraty ao presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa. Ao se despedir do visitante, o mandatário brasileiro chegou a ser questionado à distância sobre a denúncia contra seu rival político, mas apenas cumprimentou jornalistas e voltou para o interior do palácio.

As cerimônias no Itamaraty costumam ser marcadas por falas mais frequentes do presidente, uma vez que ele passa perto da área destinada à imprensa.

Interlocutores apontam que a orientação dentro do governo é para que ministros e o próprio Lula evitem se manifestar sobre a denúncia contra Jair Bolsonaro. O argumento é que se trata de um processo judicial e que o atual governo tem pouco a ganhar, entrando em polêmica.

Em meio à queda na popularidade, o governo então deveria focar nas medidas e políticas públicas para reverter o quadro, segundo apontou um integrante do governo.

Além de Lula, o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) também participou de um evento aberto, mas não respondeu aos questionamentos de jornalistas sobre a denúncia.

Lula foi informado sobre a denúncia da PGR justamente quando estava na recepção oficial no Palácio do Itamaraty. O ministro José Mucio (Defesa) se dirigiu à mesa em que estavam os chefes de Estado e conversou com Lula. Informou ao mandatário quantos militares estão denunciados, ao que o presidente pediu a relação de todos os nomes.

Na sequência, o presidente do STF, Luis Roberto Barroso, também foi à mesa do presidente e mostrou a Lula uma notícia sobre a denúncia no celular. O ministro deixou o jantar em seguida.

Momentos mais cedo, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, denunciou ao STF (Supremo Tribunal Federal) o ex–presidente Jair Bolsonaro sob acusação de liderar uma tentativa de golpe de Estado, após perder as eleições de 2022, para impedir a posse do petista.

Bolsonaro foi acusado pela PGR (Procuradoria-Geral da República) de praticar os crimes de tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito e de golpe de Estado, de dano qualificado pela violência e grave ameaça contra patrimônio da União, deterioração de patrimônio tombado e participação em uma organização criminosa. Somadas, as penas máximas chegam a 43 anos de prisão, sem contar os agravantes.

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