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Política & Poder

Lula diz ser necessário cuidar da mente do brasileiro, diz enviado a SC

“O presidente Lula estava muito impressionado. Viu o episódio como uma barbaridade, disse que temos que fazer programas como o Bolsa Família, mas que também quer cuidar da mente do povo brasileiro”

FolhaPress

06/04/2023 9h31

Foto: Reprodução

GUILHERME SETO
SÃO PAULO, SP

Candidato a governador de Santa Catarina em 2022, Décio Lima (PT) recebeu ligação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na manhã desta quarta-feira (5) pedindo que se dirigisse a Blumenau (SC), cidade da qual foi prefeito por oito anos e na qual um homem de 25 anos invadiu uma creche e matou quatro crianças.

Durante o dia, Lima ficou encarregado de relatar ao presidente o que estava acontecendo no local.
“O presidente Lula estava muito impressionado. Viu o episódio como uma barbaridade, disse que temos que fazer programas como o Bolsa Família, mas que também quer cuidar da mente do povo brasileiro”, afirma o ex-deputado.

Segundo ele, o presidente queria saber dos detalhes do ocorrido, perguntou das condições de crianças, familiares e educadores, e “expressou muitos valores, como uma tarefa para o país. Trazer de volta o amor, a paz, o perdão”, completa.

Lima, que deve assumir a presidência do Sebrae na próxima semana, afirma que está preocupado com o que chama de banalização do mal, em referência à filósofa Hannah Arendt.

“Virou normal esse tipo de tragédia. Temos um problema geracional gigante, e um desafio hercúleo para enfrentá-lo. São fatos que não nos pertencem como cultura de povo. Em Santa Catarina, temos uma maioria de povo de paz, ainda que agora estejamos enfrentando um problema com as células nazistas”, afirma.

O ex-deputado diz que o país precisa superar a cultura de violência estimulada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“O líder inspira pessoas, e ele incentiva o uso de armas, inclusive em eventos com crianças, fazendo sinais de armas com as mãos. Somos humanos, a política tem que mostrar que ainda que tenhamos divergências, podemos conversar, nos abraçar”, conclui.

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