Atualizada às 16h04
O vice-presidente da CPI dos Sanguessugas, symptoms symptoms deputado Raul Jungmann (PPS-PE) afirmou que a comissão tem indícios suficientes para comprovar a participação de 80% dos parlamentares investigados por fraude na compra de ambulâncias. De acordo com ele, recipe entre as provas estão ligações telefônicas e comprovantes de depósitos bancários.
Ainda hoje, o parlamentar enviará um requerimento à comissão pedindo que o nome dos 105 parlamentares investigados por participação na máfia das ambulâncias sejam divulgados. Os deputados José Carlos Aleluia (PFL-BA), Fernando Gabeira (PV-RJ) e a senadora Heloísa Helena (PSOL-AL) também assinarão o documento.
Jungmann informou também que mandará outro requerimento pedindo a quebra dos sigilos bancário e fiscal de todos os parlamentares envolvidos. Na semana passada, a CPI divulgou, com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), o nome de 56 deputados e de um senador acusados de participar do esquema.
Agora, no entanto, os membros querem tornar públicos o nome de todas as pessoas citadas pelo empresário Luiz Antonio Trevisa Vedoin, um dos donos da Planan (empresa beneficiada pelo esquema). Na edição deste final de semana, a revista Veja divulgou que 112 parlamentares e ex-parlamentares estariam envolvidos no esquema.
Sub-relator de Sistematização da CPI, o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) recebeu da Polícia Federal transcrições de telefonemas do empresário Luiz Antonio Vedoin com políticos.
Os requerimentos só devem ser votados no próximo encontro da comissão, na próxima terça-feira, 1º de agosto. A CPI descartou o depoimento de Vedoin, já que os parlamentares acham que o prestado à Polícia Federal, até agora, foi suficiente e esclarecedor.
A aparição de novos parlamentares suspeitos, no entanto, deve causar um racha na comissão. O relator da CPI, senador Amir Lando (PMDB-RO), afirmou que, ao contrário de Jugmann, não pretende notificar os novos envolvidos para que apresentem suas defesas, contrariando membros da própria comissão.
Na avaliação de Lando, a divulgação da nova lista pode colocar lado a lado parlamentares acusados sem provas e políticos com indícios de participação no esquema. Como a investigação corre em segredo de Justiça, a CPI só pode confirmar os nomes publicados após as notificações.