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Política & Poder

Inquérito sobre militar preso na Espanha deve ficar pronto em 40 dias

O resultado deve ser encaminhado ao Ministério Público Militar (MPM), que poderá abrir uma denúncia-crime contra o sargento da Aeronáutica

Marcus Eduardo Pereira

27/06/2019 20h22

Em entrevista à imprensa sobre o episódio do militar preso na Espanha com 39 quilos de cocaína após desembarcar de um voo da Força Aérea Brasileira (FAB), o porta-voz, major Daniel Rodrigues confirmou que o inquérito deve ficar pronto em até 40 dias, excepcionalmente, ser prorrogado por mais 20 dias.

O resultado do inquérito deve ser encaminhado ao Ministério Público Militar (MPM), que poderá, então, abrir uma denúncia-crime contra o sargento da Aeronáutica.

O homem foi acusado e preso pelas autoridades espanholas por crime contra a saúde pública, categoria em que se encontra o delito de tráfico de drogas, na cidade de Sevilha.

Perguntado por jornalistas sobre as circunstâncias do episódio, o representante da Força Aérea Brasileira reforçou que o inquérito corre em sigilo e que nenhuma informação sobre linhas de investigação ou fatos já apurados poderia ser fornecida.

Medidas de segurança

O porta-voz do FAB informou que em missões como esta são adotados procedimentos de segurança, como verificação de bagagens, pela Aeronáutica. Ele reforçou a fala do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, segundo a qual a fiscalização dos tripulantes do voo não cabia ao GSI, mas à Aeronáutica.

Questionado sobre que procedimentos de segurança foram adotados no episódio, Rodrigues disse que esse é justamente um dos pontos que a investigação quer elucidar e que essas ações variam conforme a infraestrutura do aeroporto.

“Em vista do ocorrido, essas medidas serão reforçadas. Foi criado grupo de trabalho para identificar vulnerabilidades em medidas de segurança existentes”, destacou.

Espanha e Brasil

As investigações ocorrem no Brasil e na Espanha. Segundo o porta-voz da FAB, o consulado do Brasil em Madri manteve contato com o sargento e com sua família.

Em face das investigações sobre o caso, o militar pode ser condenado nos dois países. Contudo, se for objeto de condenação pela Justiça espanhola, o cumprimento da pena no Brasil depende de um processo de extradição.

Com informações da Agência Brasil

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