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Política & Poder

Huck em Davos: ‘mantra’ do combate à desigualdade

No início do evento, alguém na plateia saudou: “O próximo presidente do Brasil”. Ele não refutou a ideia

Redação Jornal de Brasília

23/01/2020 14h36

O apresentador de TV Luciano Huck estabeleceu em Davos nesta quinta-feira, 23, durante almoço-palestra que discutiu os protestos na América Latina, a linha mestra do discurso político que deve encampar caso leve adiante seu projeto de candidatura a presidente: o crescimento econômico não é suficiente para o País se não for combinado com uma política de combate à desigualdade social e de renda.

No início do evento, alguém na plateia saudou: “O próximo presidente do Brasil”. Ele não refutou a ideia. Em sua fala, caprichou no tom político. Contou uma história que já mencionou em eventos anteriores, inclusive em outubro do ano passado, como um dos palestrantes do Summit Estadão sobre poder, de que ouviu de um morador de uma favela próxima à sua casa no Rio de Janeiro que seria feliz quando fosse a menos funerais de amigos e a mais formaturas. “Este deve ser um mantra para todos nós pensarmos o futuro dos nossos países da América Latina”, afirmou. Ouça a fala de Huck abaixo.

Huck classificou pessoas como esse faxineiro de “vítimas da loteria do CEP”, numa referência às desigualdades abissais que existem no Brasil, muitas vezes em localidades próximas uma da outra e cindidas entre miséria e ostentação, como a Barra da Tijuca, no Rio, onde mora.

“Crescimento sem combate à desigualdade é como amor sem beijo, Batman sem Robin e Bonnie sem Clyde”, discursou.

Depois de desistir de concorrer à Presidência em 2018, Huck vai construindo um caminho mais explícito para se enveredar na política. Constituiu um grupo para a elaboração de programas, que inclui o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, o ex-governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, e acadêmicos como a cientista política Ilona Szabó.

Também está próximo aos movimentos de renovação política que ganharam corpo nas últimas eleições, como o Renova e o Acredito, e de think tanks como a Fundação Lemman, o que tem atraído a ira do bolsonarismo para esses setores.

Na sua fala, Huck diz que existe dinheiro na mesa e ideias à mesa, como comprovou em uma semana em Davos, mas o que falta em países como o Brasil são “recursos humanos”. Disse, como a justificar sua decisão futura de entrar na política, que a única maneira de combater a desigualdade é por meio da política. “Nosso maior esforço é trazer pessoas novas para a política, novas ideias, e não imaginar que isso virá por geração espontânea. Temos de ser parte disso”, afirmou.

Citou como exemplos dessa nova política o presidente da França, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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