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Política & Poder

Governo reforça caixa e salva plano de saúde de policiais militares

Arquivo Geral

04/12/2013 9h03

O governo se mobilizou rapidamente para solucionar o desgaste ocorrido com o cancelamento do atendimento dos planos de saúde de policiais militares e dependentes e enviou um projeto de lei, ainda na tarde de ontem, para reforçar o caixa da corporação com R$ 35 milhões e permitir que o atendimento seja restabelecido.

O projeto foi votado a toque de caixa, com o objetivo de acalmar os ânimos da categoria, que intensificou no fim de semana a operação tartaruga. Os esforços não deixaram o clima totalmente calmo e, após a aprovação do crédito, o distrital Patrício (PT) pediu a exoneração do comandante-geral da Polícia Militar, Jooziel de Melo Freire.

INVESTIGAÇÃO

“É importante que o comando seja investigado, porque houve a retirada de recursos e o comandante Jooziel sabia disso. Esse crédito que estamos aprovando não é o que foi retirado. Esse recurso é dos cofres do Distrito Federal”, declarou em Plenário Patrício.

O líder do bloco PT-PRB,  Chico Vigilante, tentou amenizar o confronto, mas também pediu respostas para o comando da PM. “O governador Agnelo resolveu a patuscada que a direção da PM fez. Ela não precisava de dinheiro, pois existem em caixa, para a PM, R$ 52 milhões que eles deveriam ter solicitado”, afirmou o distrital, que completou: “Foi tudo um boicote, pois não tinha que tirar dinheiro de plano de saúde de ninguém. Foi tudo para desgastar o governo”.

Patrício afirma que a corporação está desmotivada e que a falta de respostas às reivindicações  do policiais está se refletindo no serviço prestado. “O governo já aprovou reestruturação para 24 carreiras de servidores, por isso gostaria de pedir que também aprove a reestruturação da carreira dos policiais”, concluiu Patrício.

Nada de entrar pela madrugada

A Câmara Legislativa fará  esforço especial durante esta e a próxima semana para votar toda a pauta de 2013 antes do recesso de final de ano. O objetivo é não deixar tudo para o último dia, quando – quase como uma tradição – a sessão costuma se estender até altas horas da madrugada.

De acordo com o presidente da Câmara Legislativa, Wasny de Roure, houve um acordo entre os líderes para que fosse dado quórum a cinco sessões sucessivas – contando com a de hoje – para que todos os projetos, que não podem esperar para o ano que vem sejam votados.

Cansaço atrapalha

“É ruim ficar aqui no último dia até altas horas da madrugada apreciando matéria. O cansaço começa a bater e já não se apreciam os projetos com o devido cuidado. Vamos concentrar nossos esforços para que isso não ocorra”, avalia Wasny, que  durante a sessão de ontem pediu que os parlamentares estejam presentes às sessões que ainda restam.

O presidente afirmou que vai ligar a cada parlamentar, para lembrá-los do compromisso. “Vocês veem como é difícil formar quórum para votar projetos que necessitam de 16 parlamentares, daí fazermos  esse esforço”, afirma Wasny.

Sai a notificação

1 Depois de uma semana do sorteio do corregedor Patrício (PT) como relator, o deputado Benedito Domingos foi notificado para apresentar defesa  no processo por quebra de decoro parlamentar a que responde.

2 Afastado da Câmara Legislativa por problemas de pressão e em licença médica, o próprio Benedito telefonou a Patrício para avisar que receberia a notificação. Passou pela garagem da Câmara para assinar o recibo. 

3 Com isso, o prazo de 30 dias para a defesa começa a contar. O recesso da Câmara se inicia no próximo dia 12 e o tempo que o distrital tem para se defender volta a ser contado apenas na volta do recesso, em fevereiro. Com os prazos regimentais, é possível que o processo seja concluído até maio do ano que vem.

Indireta de Patrício causa bate-boca

As declarações do corregedor da Câmara Legislativa, deputado Patrício (PT), sobre uma possível sucessão a ele na Corregedoria desagradaram seus pares e os ânimos se alteraram dentro da Casa.

O distrital Doutor Michel (PP) foi a tribuna negar que tenha “telhado de vidro” e garantiu que, se não fosse o presidente da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Casa, seria candidato a corregedor. “Eu não tenho teto de vidro, sou homem sério, trabalhador”, esbravejou Michel, que completou: “Quem foi delegado igual a mim, que mamou em onça não tem medo de Corregedoria”, garantiu.

Nas comissões, o assunto foi pauta de debate entre os parlamentares e até de brincadeiras. Alguns dos deputados acabaram ficando mais exaltados e outros tentaram amenizar a questão. No Plenário, o clima tenso antes da chegada de Patrício não durou muito tempo. Com a chegada do corregedor houve conversas paralelas e a questão, aos poucos, foi superada.

ESTOPIM

Na segunda-feira, Patrício foi questionado sobre uma possível eleição para novo corregedor e afirmou que ninguém na Casa quer assumir o cargo, devido às complicações que a função implica, como, por exemplo, dar encaminhamento a processos de cassação de parlamentares.

Quorum para apressar voto

Arlete Sampaio, líder do Governo, e Chico Vigilante, líder do PT-PRB, mobilizaram a bancada governista e conseguiram quorum para a votação. Mesmo assim o ex-presidente Patrício afirmou que pedirá respostas aos envolvidos no caso. Em nota, o governador chamou de irresponsável o ato que colocou em risco a vida dos policiais e garantiu que os responsáveis serão exonerados.

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