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Política & Poder

Gleisi classifica operação da PRF como criminosa e diz que eleição se ganha no voto, não no golpe’

Gleisi criticou o diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, e disse que ele é “militante da candidatura” de Jair Bolsonaro (PL)

FolhaPress

30/10/2022 17h56

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Victoria Azevedo
São Paulo, SP

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), criticou na tarde deste domingo (30) as operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e afirmou que “eleição se ganha no voto, não no golpe, não no crime”.

A parlamentar afirmou que o partido entrou com uma petição no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pedindo a prorrogação do fim do horário de votação para às 19h nos locais onde ocorreram as operações. Ela disse que ainda não teve uma resposta da corte.

“Com todo respeito ao TSE, mas não tem como achar que esses eleitores que foram barrados conseguiram chegar às urnas. Essa deve ser uma informação da própria PRF, informação que não confiamos”, declarou.

A deputada falou com a imprensa no hotel em São Paulo onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acompanhará a apuração dos votos.

Ela disse ainda que a campanha irá vencer as eleições “a despeito de tudo o que se fez” e que “não tem justificativa” para as blitzes da PRF no dia das eleições.

“O que aconteceu hoje é criminoso. É a utilização da PRF com fins eleitorais. Fechar as eleições com uma operação criminosa.”

Gleisi criticou o diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, e disse que ele é “militante da candidatura” de Jair Bolsonaro (PL), adversário de Lula na eleição.

“Ele postou pedido de voto a ele. É muito grave isso que aconteceu, por isso pedimos a prorrogação [do horário da eleição]. Os eleitores do Nordeste têm o direito de votar.”

Ela disse ainda que não há relatos nas redes sociais de membros da campanha de Bolsonaro “reclamando da operação” e que isso deve ser explicado, porque “é muito grave”.

A parlamentar disse também que a campanha de Lula quer que essas operações sejam “investigadas minuciosamente”.

Ao ser questionada se a campanha avalia não aceitar o resultado das eleições em caso de derrota do petista, Gleisi disse que não está “falando em hipóteses”. “Temos que esperar o resultado se concretizar. Quero deixar registrado como deixamos registrado todos os problemas, irregularidades e crimes que aconteceram nessa campanha”, disse.

“Independentemente do resultado das eleições, isso tem que ser investigado. Isso macula o Estado brasileiro, a polícia”, continuou.

A presidente do PT também disse que não é possível mensurar o impacto das operações no resultado das eleições porque a campanha não sabe “efetivamente quantos chegaram nas urnas ou deixaram de votar”.

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