Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assumir a presidência do Banco Central a partir do próximo ano, está passando por uma sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) nesta manhã. Se aprovado, ele será submetido à apreciação do Plenário à tarde.
A expectativa é que sua aprovação ocorra de forma tranquila, com alguns senadores de oposição afirmando que não devem haver problemas.
Quem é Gabriel Galípolo
Gabriel Muricca Galípolo, de 42 anos, é natural de São Paulo e possui formação em Ciências Econômicas e mestrado em Economia Política pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Antes de assumir a direção de Política Monetária do Banco Central no ano passado, ele foi secretário-executivo no Ministério da Fazenda e atuou no setor público desde 2007.
No setor privado, Galípolo foi líder do Banco Fator entre 2017 e 2021 e se aproximou do presidente Lula durante uma live com integrantes do mercado financeiro. Ele é coautor de livros junto a Luiz Gonzaga Beluzzo, e propõe um modelo que controla gastos públicos com flexibilidade.
Galípolo se tornou uma figura chave no mercado financeiro, especialmente por suas declarações que sugerem um novo ciclo de aumento da taxa de juros. Recentemente, a Selic subiu para 10,75% ao ano, após um aumento de 0,25 ponto. Ele tem enfatizado que, se necessário, o Banco Central não hesitará em aumentar a taxa para manter a inflação dentro da meta.
Ele participou de decisões do Comitê de Política Monetária (Copom), apoiando a redução da taxa de juros em 0,5 ponto a partir de agosto de 2023, apesar de uma divisão no colegiado em maio, onde houve uma proposta mais cautelosa de redução.